As jogadas sujas da direita na Venezuela

Editado por Martha C. Moya
2016-10-26 13:45:12

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Nas últimas semanas endureceram os ataques da direita contra o governo legítimo do presidente Nicolás Maduro e o sistema político e social que os venezuelanos determinaram nas eleições desde 1991.

Apoiada pela oligarquia latino-americana e os Estados Unidos, a oposição parece disposta a reeditar o golpe de Estado de 2002 contra o então primeiro mandatário, o falecido Hugo Chávez.

As manobras são comandadas pelo Parlamento, liderado pela direita, e a opositora Mesa da Unidade Democrática, que tratam de revogar o mandato de Maduro, eleito democraticamente.

Em jogo sujo, se tratou de realizar um referendo revogatório fraudado contra o presidente. Diante desta situação, o Conselho Nacional Eleitoral decidiu paralisar o processo de abaixo-assinados do eleitorado.

A decisão se baseia nas medidas cautelares ditadas por diferentes juizes de primeira instância dos estados de Apure, Aragua, Bolívar e Carabobo ao surgirem dúvidas em torno da coleta de assinaturas do mês de abril.

Naquele momento, a aliança dos partidos de oposição Mesa da Unidade Democrática anunciou que tinha juntado perto de dois milhões de assinaturas para solicitar o revogatório, embora só precisassem de 200 mil.

Mas calou que no abaixo-assinado apareciam nomes de pessoas mortas, menores de idade e cidadãos que não podem votar por terem cometido delitos como homicídio, sequestro, extorsão e tráfico de drogas.

O jogo saiu mal à oposição que, naturalmente, não descarta novas ações contra o governo legítimo venezuelano e que se sente amparada pelos ataques midiáticos que se cozinham no exterior.

Recordemos as agressões das que tem sido alvo a Venezuela no MERCOSUL por vários de seus membros.

Agora, também várias vozes criticam a medida do Conselho Nacional Eleitoral, mas ninguém menciona a fraude cometida pela direita. Nesse caso, está o secretário-geral da OEA – Organização de Estados Americanos -, Luis Almagro, que teve a ousadia de falar que houve ruptura democrática na Venezuela e acusou Maduro de perder sua legitimidade como mandatário.

Seria bom lembrar que a organização que dirige há muito tempo perdeu a credibilidade ao apoiar golpes de estados em toda a região contra governos eleitos legitimamente.

E como qualificaria ele os atos violentos promovidos pela oposição venezuelana, como as de 2014 que deixaram 40 mortos, ou a intentona golpista de 2002 contra o então presidente Hugo Chávez?

E nesse bate-boca da oligarquia não conta a vontade do povo venezuelano? Esse povo que saiu às ruas para defender seus direitos e as conquistas dos últimos 17 anos como a saúde e a educação.

Esses, que só atiçam a violência, e tentam tirar governos conforme seus interesses provavelmente não perceberam que os venezuelanos se congregaram no último domingo em frente à Assembleia Nacional, em Caracas, para deixar bem claro seu apoio à Revolução Bolivariana.

Também devem saber que esta é apenas a mais recente das manifestações dos venezuelanos que não abandonaram as ruas e estão atentos às manobras sujas da direita, a que só quer o poder, como todos bem sabemos.

(26 de outubro)



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