Presidente colombiano mostra linha de seu governo

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2018-08-13 12:09:30

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Por: Guillermo Alvarado

O presidente da Colômbia, Iva Duque, mostrou qual será a linha de seu governo ao anunciar a saída de seu país da UNASUL (União de Nações Sul-Americanas). Disse que era um organismo que tinha sido criado para cumprir os objetivos do chavismo para a região.

Em verdade, seu anúncio não pegou ninguém de surpresa, afinal de contas já tinha mencionado isso em sua campanha eleitoral. É claro que algumas mentes sensatas esperavam maior flexibilidade com relação ao tema levando em conta que a decisão deixa a Colômbia isolada de muitos países e prova sua obediência total as ditados de Washington.

O novo presidente Ivan Duque – afilhado político do ultradireitista Álvaro Uribe – parece não se importar muito com essas coisas, talvez porque não faça ideia das consequências.

O ex-presidente da Colômbia e atual secretário geral de UNASUL, Ernesto Samper, avisou que no princípio, a medida afetaria uns 100 mil colombianos que vivem em vários países do sul da região e graças a esse organismo recebem numerosos benefícios, tanto em matéria migratória quanto em possibilidades de arrumar emprego ou estudar.

Falou, também, nas vantagens de ser membro da UNASUL em áreas sensíveis como a saúde.

Um número considerável de colombianos, principalmente crianças e adolescentes, são vacinados com preparados que se elaboram no Brasil e chegam graças aos acordos assinados no quadro dessa organização, comentou Samper.

A saída precipitada do organismo representa graves riscos e prejuízos, afirmou o antigo chefe de Estado realçando que muitos direitos em termos de educação também cessarão.

O recém-nomeado ministro das Relações Exteriores, Carlos Holmes Trujillo, anunciou que seu país abandonava esse mecanismo de integração.

Anteriormente, Peru, Argentina, Chile, Brasil e Paraguai também avisaram que suspendiam sua participação da UNASUL devido a “problemas de estrutura”, que não são outra coisa senão as pressões dos Estados Unidos para desmantelar uma organização que vinha fortalecendo a soberania dos países membros e a integração regional.

Hoje, América Latina e o Caribe recebem fortes pressões originadas em Washington com o propósito de desfazer todas as iniciativas que se vinham consolidando para dar maior soberania aos povos e, especialmente, criar espaços de negociação para que os problemas da região pudessem ser debatidos sem a presença de potências continentais e fora do continente.

A decisão de Ivan Duque mostra o que se pode esperar de seu governo, por trás do qual estão Álvaro Uribe e todos aqueles que insistem em conduzir nossos países a um passado ominoso e cruel.



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