Infância palestina encarcerada

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2018-11-22 11:25:43

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Foto: Archivo.

Por Guillermo Alvarado

O regime sionista de Israel captura sem motivo centenas de crianças e adolescentes palestinos, muitos dos quais são cruelmente maltratados durante sua detenção e obrigados a assinar declarações por delitos que não cometeram, denunciam organizações humanitárias.

De janeiro a outubro deste ano, foram detidos 908 menores de idade, dos quais 270 permanecem em prisões israelenses, afirmou a Sociedade de Prisioneiros Palestinos, por ocasião do Dia Universal da Criança.

Muitas vezes, a detenção ocorre na moradia do menor, de madrugada e por agentes armados, como se tratasse de delinquentes perigosos. Em geral, nega-se o direito de serem visitados pela família e contar com a ajuda de um advogado. Também não recebem atendimento médico e frequentemente são espancados, insultados ou ameaçados para que admitam acusações que não existem.

Em 2015, o governo israelense promulgou várias leis específicas contra os menores palestinos, por meio das quais podem prender, julgar e condenar a sentenças que incluem até cadeia perpétua para maiores de 14 anos.

Os juízes levam em conta a idade do menor quando for processado e não a que tinha quando ocorreram as ações pelas que foi indiciado.

A organização Military Court Watch revelou recentemente que 64 por cento das crianças palestinas capturadas pelas forças de segurança sionistas são maltratadas, espancadas, forçadas a manter posturas dolorosas e obrigadas a assinar documentos em hebreu, idioma que, em geral, não falam.

Quase em todos os casos, logo depois da detenção seus olhos são vendados, se abusa deles verbalmente, ameaçados, e lhes são negados seus direitos básicos, denunciou o grupo.

A situação piorou desde outubro de 2015, quando começou a Terceira Intifada, um confronto desigual em que uma das partes – os palestinos – usam paus e pedras que são as armas que têm a seu alcance – e a outra, a israelense, utiliza modernas armas, aviação e foguetes de alta tecnologia.

Nesta conjuntura, é um perigo para as crianças e os adolescentes palestinos caminharem nas ruas com pedra na mão, porque embora só pense jogar com ela pode ser causa de uma detenção administrativa se aparecerem forças israelenses em seu caminho. Se portarem um objeto que possa ser visto como uma arma branca, sua vida corre iminente risco.

Tudo isto não é casualidade. Os sionistas sabem que estão eliminando sistematicamente a semente do povo palestino como aqueles militares guatemaltecos, treinados por sinal em Israel que consideravam mais fácil matar os guerrilheiros quando ainda estavam na barriga de suas mães.



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