Intelectuais contra ataques à Venezuela

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2019-03-20 11:44:50

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Por Guillermo Alvarado

Um grupo de 123 intelectuais norte-americanos entre eles Noam Chomsky endereçaram uma carta ao Escritório de Washington para América Latina WOLA – suas siglas em inglês – na que exigem mudança de rumo na política agressiva que o governo do presidente Donald Trump mantém contra a República Bolivariana da Venezuela.

Os intelectuais manifestaram preocupação pelo caminho que WOLA tomou com relação a um assunto de vida ou morte e possivelmente de guerra e paz para a América Latina.

Assinalaram que o empenho de Trump em mudar o regime da Venezuela está errado em todos os sentidos: legal, moral e politicamente. E realçaram que o próprio presidente e vários de seus altos funcionários ameaçaram com a guerra, sem levar em conta todos os problemas que um confronto traz consigo.

WOLA deveria se opor a estas práticas, como tinha feito todo o mundo progressista ao rechaçar a guerra contra o Iraque em 2003. Todavia, em lugar disso, esse escritório está endossando o comportamento do executivo. A obsessão pela mudança de regime só consegue piorar as coisas e provocar sofrimentos e privações a milhões de seres humanos.

Os acadêmicos também advertiram sobre as consequências da falta de vontade de levar o conflito à mesa de negociações, como recomendaram o papa Francisco e o chamado Mecanismo de Montevidéu, propulsado pelos governos do México e do Uruguai.

Estados Unidos se inclinam pelo grupo que sustenta as políticas agressivas de Trump, Marco Rubio, John Bolton, Elliott Abrams e outros funcionários que veem no confronto a única solução da crise. Este grupo estaria concentrado ao redor de vários países membros da União Europeia e governos submissos da América Latina.

Em sua missiva, os intelectuais norte-americanos criticam a política de sanções contra a Venezuela, assim como o reconhecimento ao suposto “presidente encarregado” Juan Guaidó, que implica automaticamente a imposição de um bloqueio ao colocarem o dinheiro derivado de venda do petróleo venezuelano na conta corrente desse sujeito.

Desta maneira se impede a entrada de bilhões de dólares que pertencem legitimamente a Caracas e são indispensáveis para a compra de medicamentos, alimentos e outros insumos necessários para a população.

Isto não só é profundamente imoral, mas também viola as normas internacionais elementares, a Carta da Organização das Nações Unidas e vários convênios que foram assinados por Washington inclusive.

WOLA defendeu as sanções contra Venezuela, porque só prejudicam o governo de Nicolás Maduro, mas não afetam a população (dizem eles), mas isto é totalmente falso, qualquer um com algum conhecimento de economia pode conferir.

O governo Trump não quer solução negociada para este conflito e também não se importa com o sofrimento que suas agressões possam provocar. Só pensa em se apoderar das maiores reservas de petróleo do planeta e colocá-las imediatamente sob a administração das corporações norte-americanas em conluio co algumas multinacionais europeias, entre elas a Britsh Petroleum, TOTAL, da França, e Repsol, da Espanha.

Donald Trump e seus aliados não dão a menor bola para o que possa acontecer com a população venezuelana nesse meio tempo.



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