Nov 4, -- Nos debates do mais alto nível no período de sessões da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba desde o começo da década de 1960 foi um tema presente nos discursos dos chefes de Estado e de governo.
Essa política, qualificada de desumana e genocida, foi denunciada pelos representantes de mais de 40 países, que exigiram seu fim imediato.
O bloqueio norte-americano tem efeitos negativos em todos os setores do país, incluso o da saúde, e constitui uma violação aberta dos direitos humanos. As dificuldades estão presentes, apesar do esforço do governo cubano para garantir esse serviço básico e contar com os equipamentos e medicamentos necessários.
Nesse contexto, as crianças são um dos segmentos mais vulneráveis. Há medicamentos, fabricados por companhias dos EUA ou laboratórios com capital norte-americano, aos quais Cuba não pode ter acesso por causa do bloqueio.
Esse é o caso do Sevoflurane, considerado o melhor anestésico de uso pediátrico para cirurgias cardiovasculares, Também, o óxido nítrico, gás utilizado para tratar crises de hipertensão pulmonar surgidas após cirurgias de coração em crianças, uma complicação que pode levar o paciente à morte.
O bloqueio imposto pelos EUA, vigente há mais de 50 anos, dificulta a aquisição no exterior de tecnologias, reagentes e antivirais de última geração, como o Ganciclovir, além de antimicrobianos, soros citostáticos, instrumentos e material descartável.
Nos últimos meses, o governo norte-americano intensificou a perseguição a companhia que vendem medicamentos a Cuba, e negam o visto de entrada a médicos cubanos convidados para eventos científicos e de intercâmbio.
Nesse contexto, os profissionais cubanos buscam alternativas para garantir a atenção e tratamento aos pacientes. Os cientistas deste país têm concebido vacinas, medicamentos e outros produtos que hoje são fabricados no país. Isso permite fortalecer o sistema de saúde com recursos próprios, e garantir seu caráter universal e gratuito.
O bloqueio norte-americano tem ocasionado prejuízos materiais enormes ao setor da saúde pública em Cuba. Dados oficiais apontam que de maio de 2012 a abril deste ano se registraram 39 milhões de dólares de despesas adicionais para poder adquirir medicamentos, instrumentos e outros insumos em mercados longínquos, muitas vezes através de intermediários.
O bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos EUA é o mais longo da história da humanidade. Nos mais de 50 anos de vigência, o total de prejuízos ultrapassou o trilhão de dólares. Essa é a expressão mais elevada de uma política cruel e desumana, carente de legalidade e legitimidade, e concebida propositalmente para gerar fome, doenças e dificuldades.
(M.J. Arce, )
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