Alarme na América Central

Editado por Juan Leandro
2015-06-02 20:19:12

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O início da temporada ciclônica é agora o pretexto utilizado pelos Estados Unidos para continuar aumentando sua presença militar na América Central. Duzentos soldados norte-americanos começarão a ser colocados nesta semana na região, principalmente na Honduras.

A maioria dos membros da chamada força de ações especiais, com tropas terrestres, aéreas e marítimas, vai adicionar aos 600 soldados que de forma permanente tem a base militar norte-americana em Palmerola. A localidade  fica a 70 quilômetros ao norte de Tegucigalpa, a capital hondurenha.

As novas ações militares dos Estados Unidos, mascaradas em exercícios de preparação ante possíveis fenômenos meteorológicos, fez soar o alarme. O Comando Sul afirmou que todos os membros desta força são engenheiros que vêm à Honduras para reabilitar escolas e estradas. Não obstante, são também, como afirmam muitos, soldados norte-americanos em solo latino-americano.

Além disso, não podemos esquecer o papel de ponta de lança contra os países da região que os Estados Unidos sempre deu para Honduras. Foi em Palmerola onde se organizou o golpe de estado em 2009 contra o presidente constitucional da Honduras, Manuel Zelaya.

Daí que ativistas políticos e líderes sociais denunciaram nos últimos meses estes exercícios que constituem uma ameça para os movimentos e governos progressistas da região. Eles qualificam estas ações como uma forma de reafirmar seu controle sobre América Central.

O jornal mexicano La Jornada lembra num artigo dos últimos dias que a presença de tropas norte-americanas se pode traduzir em massacres, violações massivas dos direitos humanos, apoio a ditadores e perda da soberania das nações ocupadas.

Para o professor norte-americano James Petras a intenção é criar uma plataforma militar para intervir na Latino América e especificamente na Venezuela.

A realidade é que, com estas manobras militares, os Estados Unidos estabelece uma estadia permanente na zona, o que representa evidentemente uma real ameaça de guerra e de intervenção norte-americana.

(M.J. Arce 02 de junho)

 

 

 

 

 



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