Meio Ambiente 2020

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-12-22 19:00:20

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Por Pedro Manuel Otero

A pandemia da Covid-19 e os frequentes fenômenos meteorológicos  em 2020 classificam esse ano como um dos mais letais para a saúde do planeta.

Um número recorde de tempestades no oceano Atlântico, com furacões consecutivos categoria 4, e incêndios florestais que consumiram vastas áreas na Austrália, Sibéria, Estados Unidos e América do Sul, assim como 10 milhões de pessoas deslocadas na África e Ásia por causa de chuvas históricas são algumas das sequelas da mudança climática forçada pela atividade humana em 2020.

A Organização Meteorológica Mundial informou de eventos naturais de elevado impacto que atingiram milhões de pessoas piorando as ameaças que pairam sobre os seres humanos em termos de saúde, segurança e estabilidade econômica por causa da pandemia.

O calor alcançou níveis sem precedentes no Ártico com sérias consequências para os ecossistemas, a alimentação e o futuro da humanidade. As temperaturas são cada vez mais elevadas na terra e no oceano: 80% das superfícies sofreram ao menos uma onda de calor em 2020.

Isto teve repercussões generalizadas nos ecossistemas marinhos que já por si estão sofrendo pelas águas mais ácidas devido à absorção do dióxido de carbono.

Os indicadores da mudança climática alcançaram nova magnitude: o mês de maio passado foi o mais quente de todos, e as concentrações de dióxido de carbono também estabeleceram nível estacional nunca visto, avisou a Organização Meteorológica Mundial.

Temperaturas acima da média se registraram em porções da Sibéria e provocaram degelo antecipado dos rios Ob e Yenisei.

Aconteceu a mesma coisa no oeste de Alaska, ao longo dos Andes que limitam com Chile e Argentina, e nas regiões oeste e leste da Antártida. Houve temperatura bem mais alta que a média no oeste da América do Norte, extremo norte e sul da América do Sul, África Central e Sudoeste e no sudoeste da Ásia.

Pelo contrário, houve temperaturas muito inferiores à média na maior parte do centro e leste do Canadá, no leste dos Estados Unidos, no sul do Brasil, e porções do sul da Ásia e Austrália.

Com a quarentena estabelecida para conter o novo coronavírus, os índices de poluição atmosférica diminuíram nas grandes cidades. Os níveis médios de dióxido de nitrogênio diminuíram de 5 a 25 por cento em cidades como Bruxelas, Paris, Madri, Milão e Frankfurt.

De qualquer maneira, a resposta à pandemia da Covid-19 não influiu muito nos níveis de CO2. Porém, a acumulação de dióxido de carbono é alguma coisa assim como o lixo no aterro sanitário: à medida que emitimos, vai juntando. A crise provocada pelo coronavírus diminuiu as emissões, mas não suficientemente.

Em 2020, Cuba continuou avançando no cumprimento de seu Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social até 2030, hierarquizando o desfrute de um meio ambiente sadio e equilibrado com o apoio da nova Constituição.  A posição da Ilha foi confirmada por Elba Rosa Pérez Montoya, ministra de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente ao fazer uso da palavra na reunião de Cúpula das Nações Unidas sobre Biodiversidade, que aconteceu em formato virtual no âmbito da crise sanitária mundial causada pela Covid-19.

Recordou que a pandemia provocou um recuo de 25 anos na busca de soluções aos problemas mundiais importantes.

A implementação do Programa Nacional cubano de Diversidade Biológica 2016-2020 permitiu avançar na gestão sustentável e restauração de ecossistemas marinhos costeiros e terrestres. As ações de prevenção e combate às ilegalidades que prejudicam a diversidade biológica se multiplicaram com a adoção de um Plano Governamental para atender a essa problemática. Igualmente, se fortaleceu o Sistema Nacional de Áreas Protegidas que cobre 20,4 por cento do território nacional, explicou a ministra.

E ressaltou que o uso de energias limpas foi potenciado com a sincronização de 63 parques solares fotovoltaicos e a introdução da dimensão climática em setores como turismo, agricultura, transporte e indústria de alimentos a partir de uma visão global e um sólido baseamento nos resultados científicos.

Para finalizar, entre os assuntos pendentes, mencionou a implementação de programas para diminuir a poluição ambiental, a sonora inclusive; a descontaminação das baías; a eliminação dos focos que poluem as fontes de abastecimento de água e os assentamentos humanos.

 

 

 



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