As 10 Principais noticícias no mundo em 2020

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-12-25 17:28:03

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Imagen / Reuters / Sergio Perez

Na sequência, as 10 principais notícias internacionais de 2020 escolhidas por Rádio Havana Cuba

1.- Pandemia confina o mundo

O vírus SARS-Cov-2 conturbou o mundo em 2020. Os primeiros casos fora da China se multiplicaram. Em 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde declarou a epidemia emergência pública e em 11 de março proclamou que era uma pandemia.

A doença se espalhou rapidamente e os cientistas trabalharam correndo, em pouco tempo conseguiram isolar o vírus, sequenciá-lo, identificá-lo, desenvolver testes para diagnosticá-lo e ensaiar vacinas.

As pessoas contagiadas pelo coronavírus no planeta superam os 76 milhões e morreram da doença um milhão 68 mil.

2.- Movimento ao Socialismo volta ao poder na Bolívia

Luis Arce tomou posse em 8 de novembro como novo presidente da Bolívia e com ele voltou ao poder o Movimento ao Socialismo.

A eleição de Arce, ex-ministro da Economia de Evo Morales, permitiu que voltasse esse partido de profundas raizes populares apesar da campanha de pressões do governo golpista que dirigiu os destinos da Bolívia durante 11 meses.

Arce ganhou as eleições de 18 de outubro no primeiro turno com 55% por cento dos votos. Obteve 26 por cento a mais que seu rival mais próximo, o direitista Carlos Mesa.

3.- Trump derrotado questiona democracia nos EUA

Muitos norte-americanos votaram no democrata Joe Biden, nas eleições de três de novembro passado, por duas razões. De um lado, para castigar Donald Trump por ter neglicenciado a pandemia da Covid-19. Do outro, por causa da declinação da economia.

Após interminável contagem dos votos, os principais meios de comunicação apontaram como vitorioso o candidato de 77 anos, ex-vice no governo de Barack Obama.

Com a promessa de unir um país polarizado e combater a pandemia desdenhada por Trump, o democrata escolheu como vice-presidente Kamala Harris, a primeira mulher eleita nesse posto nos EUA.

Donald Trump se recusa a admitir a vitória de Biden, e lançou mão de processos judiciais que perdeu no meio de uma escandalosa imputação de fraude, situação controversa num país que se gaba de ser o campeão da democracia.

4.- Grande vitória do Pólo Patriótico na Venezuela

As forças associadas ao Partido Socialista Unido da Venezuela obtiveram 253 cadeiras das 277 na Assembleia Nacional, nas eleições de seis de dezembro boicotadas pelos Estados Unidos, União Europeia e governos da direita na América Latina.

Mais de 300 observadores internacionais deram fé da limpeza do exercício de voto e desarmaram acusações da oposição  de suposta fraude.

Os adversários extremistas da Revolução Bolivariana se negaram a participar, ainda que mais de cem organizações, a oposição moderada inclusive ignoraram os extremistas e participaram dos pleitos.

As forças armadas venezuelanas derrotaram em maio um plano de invasão mercenária entre cujos inspiradores se encontrava o opositor Leopoldo López que fugiu do país em 24 de outubro. Ele permanecia numa sede espanhola em Caracas onde tinha se refugiado.

 5.- Peru: recorde de presidentes em semana de conspirações

O político Francisco Sagasti bateu recorde no Peru ao se tornar em 17 de novembro o 3o presidente do país numa semana tumultuada com grandes protestos e repressão.

A missão era aplacar a profunda crise política que conduziu à demissão de seu predecessor Manuel Merino.

Esse último político utradireitista dirigu o efêmero governo impopular de duvidosa legitimidade, que nasceu de um processo tachado de golpe de Estado.

Merino teve de abandonar o cargo em meio a grandes protestos que deixaram ao menos dois mortos, dezenas de feridos e desaparecidos.

A ira popular explodiu quando destituíram no Congresso o presidente  Martin Vizcarra por alegada „incapacidade moral”.

6.- Histórico plebiscito aprovado no Chile que conduz a uma nova Constituição

A esmagadora maioria dos chilenos exigiu em plebiscito realizado a 25 de outubro que fosse redigida uma nova Constituição.

Chile deixará atrás a atual, herdada da ditadura de Augusto Pinochet e considerada a origem das grandes desigualdades reinantes no país.

Com relação a quem deveria redigir o novo texto (a outra pergunta no plebiscito) 79,24 por cento escolheram a alternativa da convenção constitucional, composta só pelos cidadãos eleitos para esse fim.

7.-  Relações tensas entre China e Estados Unidos

O fechamento do consulado chinês na cidade norte-americana de Houston foi o estopim de uma longa lista de medidas entre os dois países que colocaram em tensão as relações.

China mandou fechar o consulado norte-americano na cidade de Chengdu, no meio de uma retórica feroz do governo de Donald Trump.

A aparição da Covid-19 deu nova arma a Trump para atacar a China e em 1o de julho somou outra, ao entrar em vigor uma Lei de Segurança para Hong Kong.

Para além de impor sanções contra Pequim o governo norte-americano lançou ameaças, acusações de supostos atos de espionagem e estimulou a rivalidade nas áreas comercial e tecnológica.

8.- Pérfidos assassinatos de personalidades iranianas

Um oficial de alta patente e um renomado cientista, ambos iranianos, foram assassinados em 2020 no quadro da escalada dos Estados Unidos, Israel e forças conservadoras do Oriente Médio contra o país persa.

Por ordem do presidente Donald Trump, militares norte-americanos assassinaram o prestigioso general iraniano Qassim Soleimani em 3 de janeiro.

O ataque com dron foi lançado contra o aeroporto de Bagdá, a capital do Iraque, onde se achava o oficial de alta patente.

Soleimani era o líder da força Al Quds, unidade elite da Guarda Revolucionária, artífice da estratégia militar do Irã no Oriente Médio, e perito na luta contra o terrorismo.

Já o cientista iraniano Mohsen Fakhrizadeh foi abatido a tiros em 27 de novembro durante ataque na localidade de Absard, onde um grupo terrorista provavelmente organizado por Israel utilizou armas inteligentes guiadas por satélite e láser, que pertencem à OTAN.

Irã foi cenário de uma tragédia quando, em oito de janeiro, um avião ucraniano caiu em Teerã provocando a morte de seus 176 passageiros.

9.- América Central e o Líbano estremecidos pelo desamparo

A tragédia se abateu sobre América Central e o Líbano em 2020. No primeiro caso foi provocada por uma catástrofe natural e no segundo, aparentemente por uma negligência.

A temporada de furacões bateu recordes  em número de tempestades, com mais de 30, entre as mesmas aparecem ETA e IOTA, fonte de mais pobreza na América Central. Ao menos 240 pessoas morreram quando atravessaram a região ambos os fenômenos meteorológicos em menos de duas semanas.

Copiosas chuvas isolaram comunidades e cidades, ruiram pontes e dizimaram plantações agrícolas.

Por sua vez, o Líbano não conseguiu se recuperar da gigante explosão no porto de Beirute, a capital, em 4 de agosto. Cerca de 200 pessoas morreram, mais de seis mil saíram feridas e 300 mil perderam o teto. A causa aparente do sinistro foi que tinham sido esquecidos explosivos durante anos a fio num armazém do porto.

10.- Rússia pacifica conflito por Nagorno-Karabaj

Um acordo de cessar-fogo com a intermedição da Rússia foi acertado por representantes do Azerbaijão e Armênia, envolvidos numa escalada militar pela região de Nagorno-Karabaj.

A região se acha no Azerbaijão, mas esteve sob controle da etnia armênia, apoiada pelo país vizinho.

Após seis semanas de combates, três tréguas violadas, acusações mútuas, e balanço sombrio de perda de vidas humanas, o conflito chegou ao fim.

Conforme o pacto assinado, Azerbaijão e Armênia vão conservar as posições tomadas e aceitaram o estacionamento de perto de dois mil soldados russos para fiscalizar o cessar-fogo.

 

 

 

 

              



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