Eleições na América Latina em 2014

Editado por Juan Leandro
2014-12-31 13:53:48

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Há países que se autoconsideram democráticos simplesmente porque dois partidos políticos se alternam no poder através de eleições das quais participa apenas uma mínima parte da população.

Em 2014, os pleitos em três países da América Latina – Bolívia, Brasil e Uruguai – foram marcados pelo entusiasmo e envolvimento maciço dos votantes.

A época dos golpes de Estado parece ter concluído. Mesmo assim, neste começo do século 21 segmentos reacionários trataram de reutilizar métodos semelhantes na Venezuela, Equador e Honduras, entre outras nações. Para o imperialismo norte-americano, é difícil aceitar a autodeterminação dos povos.

A reeleição de Evo Morales na Presidência da Bolívia foi o resultado dos avanços concretos do país durante seu mandato: segurança alimentar, mais de um milhão de famílias tiradas da pobreza, o seguro agrário como incentivo da produção rural, a construção de milhares de quilômetros de estradas, a redução da desigualdade social e o aumento notável das reservas internacionais.

A economia boliviana foi a que mais cresceu na região: 5,6% do PIB. Com esse aval, Evo Morales abocanhou mais de 60% dos votos e seu partido conquistou maioria no Parlamento: 25 das 36 cadeiras no Senado e 88 das 130 na Câmara de Deputados. Isso vai facilitar a promulgação de novas leis em favor da população e da soberania nacional.

No Brasil, os sucessivos governos do Partido dos Trabalhadores conseguiram tirar o país do mapa da fome global, baixou o índice de desnutrição, quase 40 milhões de pessoas saíram da pobreza e a extrema pobreza diminuiu para apenas 3,5%.

Os programas aplicados aumentaram o poder aquisitivo dos segmentos menos favorecidos da população brasileira, baixaram o desemprego, abriram novas oportunidades no ensino, inclusive nas universidades, e cresceram notavelmente as reservas internacionais do país.

A vitória de Dilma Rousseff foi no segundo turno. Nisso influíram metas não alcançadas, entre elas reformas prometidas nas esferas política, agrária, tributária e outras. A direita lançou uma campanha forte e agressiva contra o governo, apoiada por grandes meios de imprensa.

A grande mídia quis colocar em dúvida a vitória de Dilma, que obteve 51,64% dos votos. A reeleição da candidata do PT renovou as esperanças no continente.

No Uruguai, as eleições presidenciais também tiveram segundo turno. O cadastro de votantes cresceu com a incorporação de 250 mil pessoas, a maioria jovens. O presidente saliente, José Mujica, prognosticou a continuidade do rumo traçado.

Durante seu mandato, Mujica modificou o papel das empresas públicas, aumentou os recursos energéticos do país, eletrificou escolas rurais e promoveu os biocombustíveis, além de impulsionar programas sociais e de consolidação da infraestrutura.

Três países e três eleições, com resultados inimagináveis na felizmente ultrapassada época dos regimes militares latino-americanos.

(Leyla Carrillo)


 



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