Cuba ampliará seu Programa Nacional de Imunização, essencial para a prevenção e a proteção contra determinadas doenças e um pilar do sistema de saúde pública do país, que é universal e gratuito.
A vacina bivalente CECOLIN, de fabricação chinesa, contra o HPV (Vírus do papiloma Humano), agora será administrada a todas as meninas de nove anos em Cuba porque tem a ver com o câncer de colo do útero.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Vírus do Papiloma Humano é um grupo de mais de 200 vírus conhecidos, e a infecção por tipos de alto risco pode causar câncer.
Estatísticas mostram que o HPV causa aproximadamente 85 mortes por dia nas Américas e 59.000 casos de câncer de colo do útero a cada ano.
Daí a importância da vacinação que será realizada em Cuba com a CECOLIN bivalente, que protege contra os sorotipos 16 e 18, os mais comuns e responsáveis por aproximadamente 7 em cada 10 casos desse tipo de doença.
A cientista Dagmar García, vice-diretora do renomado Instituto Finlay de Vacinas, enfatizou que o imunógeno é mais eficaz quando administrado antes da exposição ao vírus, portanto é recomendado principalmente para meninas e adolescentes antes do início da atividade sexual.
Para garantir o bom desenvolvimento da campanha de imunização, que deve atingir uma cobertura de 95% ou mais, especialistas do setor de saúde receberam amplo treinamento.
Segura e eficaz, CECOLIN fará parte do Programa Nacional de Imunização, que visa prevenir 13 doenças e se desenvolve com 8 vacinas de produção nacional e o resto importadas.
Mesmo nas difíceis condições impostas pelo bloqueio dos EUA por mais de seis décadas, Cuba não parou de realizar suas campanhas de vacinação, que começaram em 1962 e permitiram erradicar diversas doenças e evitar que outras se tornassem problemas de saúde.
Este novo esforço de Cuba para proteger a saúde de sua população infantil conta com o apoio da Aliança Global para Vacinas e Imunização e das Organizações Mundial e Pan-Americana da Saúde.