Quarenta e nove anos após o ataque terrorista a uma aeronave da Cubana de Aviación em pleno voo, a justiça contra seus autores continua sendo uma dívida universal.
Em 6 de outubro de 1976, dor e horror pareciam se alinhar ao embarcarem na aeronave CU-455.
Setenta e três pessoas estavam a bordo, incluindo uma pequena delegação coreana, uma menina, dez tripulantes, onze guianenses e os membros da Equipe Nacional de Esgrima, que retornavam vitoriosos de um evento regional realizado em Caracas.
Não houve sobreviventes. Aquela ação monstruosa teve apoio decisivo da CIA e foi confiada aos assassinos Orlando Bosch e Luis Posada Carriles, que morreram anos depois sem pagar por seus muitos crimes. Os perpetradores, Freddy Lugo e Hernán Ricardo, estiveram durante uma parte do voo ao lado dos infelizes passageiros e testemunharam a alegria da tripulação, transbordando vida e promessas.
Nada disso os deteve e, sem remorso, plantaram duas cargas explosivas de C-4 e abandonaram o avião durante uma escala em Barbados.
As primeiras falhas ocorreram poucos minutos após a decolagem. Tudo aconteceu rapidamente, sem tempo para nada que pudesse salvar a tripulação ou os passageiros.
Cuba não esquece aquele dia fatídico. O terrível golpe para seus entes queridos e familiares foi agravado pela dor do povo cubano, que viveu dias de luto.
Seis de outubro é um dia dedicado à memória das vítimas do terrorismo, um evento que a cada ano é um dever e um compromisso que nasce da alma.
Fonte: Prensa Latina.