Delegados ao 9º Encontro Continental de Solidariedade com Cuba, realizado no México, convocaram a participar da Cúpula dos Povos contra a exclusão de Cuba, Venezuela e Nicarágua da Cúpula das Américas.
O coordenador da Campanha Dominicana de Solidariedade com a nação caribenha, Roberto Payano, declarou na Cidade do México que o encontro, patrocinado por essa organização e pelo Comitê de Solidariedade de Porto Rico, acontecerá de 4 a 6 de dezembro em Santo Domingo.
A exclusão desses três países constitui uma capitulação do governo do país anfitrião (República Dominicana) à brutal pressão unilateral dos Estados Unidos, que tenta impor novamente a Doutrina Monroe, ameaçando a paz, a segurança e a estabilidade regionais”, denunciou o ativista.
“Diante de uma Cúpula das Américas construída sobre coerção e exclusão e diante da ofensiva imperialista”, Payano apelou à promoção da “solidariedade, unidade e paz em nossa região” e à demonstração de que Cuba, Venezuela e Nicarágua não estão sozinhos.
Ele descreveu a iniciativa como “uma espécie de reparação a esses países, nossos verdadeiros irmãos e irmãs, sem interesses pessoais, que compartilham o que têm, o que não têm e nunca foram a lugar nenhum para roubar recursos naturais ou outras propriedades”.
Na presença de mais de 500 delegados, principalmente de países latino-americanos, pediu ao governo dominicano que reconsiderasse essas exclusões e expressou sua esperança de que o governo pudesse rever e cumprir a promessa de uma cúpula inclusiva.
A gente não quer “Cúpulas exclusivas, nas que haja medo do que um país possa dizer. Pelo contrário, é para discutir entre irmãos, em paz, e chegar a um consenso”, observou. No final de setembro, o ministério das Relações Exteriores da República Dominicana anunciou que Cuba, Venezuela e Nicarágua não seriam convidados para a Cúpula das Américas, para dar prioridade ao sucesso do encontro.
O ministro das Relações Exteriores da Ilha, Bruno Rodríguez, repudiou o anúncio do governo de Luis Abinader. E organizações e governos de diversos países rejeitaram a decisão do governo dominicano.
Fonte: Prensa Latina