O chefe de Estado cubano Miguel Díaz-Canel enviou mensagem ao Fórum Mundial da Alimentação na que enfatiza a importância da eliminação da fome e da desnutrição.
De acordo com comunicado da presidência da Ilha, Díaz-Canel afirmou que, no contexto do 80º aniversário da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), destaca o trabalho desenvolvido por Cuba para alcançar a melhoria da produção, da nutrição e de uma vida melhor para todos. O chefe de Estado cumprimentou todos os participantes do Fórum de 2025 e expressou a honra de ser convidado a discursar.
Da mesma forma, disse que representa um país fundador da FAO, “com o qual compartilhamos fortes e históricos laços de cooperação e objetivos comuns na luta pela erradicação da fome, a transformação agrícola e o desenvolvimento rural sustentável”.
Estamos particularmente inspirados a participar do Fórum, considerando que seus três pilares: juventude, ciência e inovação e investimento, visam acelerar a transformação dos sistemas agroalimentares para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, um compromisso que compartilhamos”, acrescentou.
E o presidente cubano observou:
É impossível esquecer, neste momento, que a FAO surgiu em um contexto de pós-guerra, com Europa devastada e a fome ameaçando milhões de sobreviventes do conflito.
Ressaltou que o aspecto trágico dessa história é que o desafio enfrentado naquela época continua válido: alcançar um mundo livre de fome e de desnutrição, onde a alimentação e a agricultura contribuam para a melhoria sustentável do padrão de vida de todas as pessoas.
Para o presidente, “ao longo dessas oito décadas, o mundo se tornou mais complexo, injusto e arriscado para dezenas de milhões de seres humanos, como resultado de guerras, mudanças climáticas e do fosso cada vez maior entre os que têm e os que não têm.”
Neste contexto dramático, devemos sempre reconhecer a valiosa contribuição da FAO para a melhoria da vida de milhões de pessoas e seu apoio aos países que precisam e buscam estabelecer sistemas alimentares sustentáveis”, comentou.
“Cuba pode atestar esses esforços e apoio”, afirmou.
Díaz-Canel observou que a FAO “tem sido um pilar de apoio a Cuba, fornecendo assistência técnica e os recursos necessários para o desenvolvimento agrícola do país, a produção de alimentos e a consolidação de instituições científicas de alto nível no setor agrícola”, E acrescentou:
Cuba disponibilizou suas capacidades e experiência para a cooperação Sul-Sul a fim de apoiar outros países em desenvolvimento e trocando conhecimentos e lições aprendidas com outras nações.
Da mesma forma, enfatizou que a FAO é fundamental no apoio a Cuba “na transformação dos sistemas agroalimentares, no combate às mudanças climáticas e na conservação da biodiversidade”.
Igualmente, destacou que a FAO “promove o empoderamento de mulheres e jovens em áreas rurais, fomenta a aplicação da ciência e da tecnologia e facilita a transferência de conhecimento para uma produção mais eficiente, sustentável e resiliente”.
Com o apoio da FAO, 13 projetos abrangendo 59 municípios serão implementados em Cuba até 2025″, explicou.
“Considerando essa proximidade de propósitos e história que compartilhamos, o 80º aniversário da FAO é uma celebração que sentimos como nossa”, afirmou, observando que o Fórum demonstra as “coincidências” com Cuba na abordagem dos desafios da nutrição humana e animal.
Díaz-Canel criticou o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos à sua nação e a guerra contra a Palestina, que considerou exemplos das intenções ocidentais de subjugar povos determinados a salvaguardar sua independência e autodeterminação.
Enquanto isso, a ordem internacional injusta, as consequências do colonialismo, do neocolonialismo e a profunda pobreza induzida por esses fatores, juntamente com as mudanças climáticas, impactam vastas áreas do Sul Global”, declarou.
Fonte: Prensa Latina