Cuba mantém um sistema ativo de vigilância clínica, epidemiológica e laboratorial em resposta à atual circulação de doenças como dengue, chikungunya, oropouche, zika e febre amarela nas Américas.
A dengue, o arbovírus mais comum e perigosa em circulação nas Américas, está apresentando um aumento no número de casos em todos os países desta área geográfica onde está presente, com aumento das formas graves e mortes, afirmou Carilda Peña García, vice-ministra da Saúde Pública de Cuba (MINSAP).
Desde 2023, ano em que a doença teve um aumento significativo de casos na região, enfatizou Peña durante uma coletiva de imprensa na sede do ministério. Atualmente, os quatro sorotipos conhecidos da dengue (1, 2, 3 e 4) estão circulando nas Américas, bem como, em menor grau, os vírus Zika e oropouche.
De acordo com o último alerta epidemiológico da Organização Mundial da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (OMS e OPAS), houve um aumento no número de casos de chikungunya desde agosto, afetando 47 países da região, com 241.541 casos, dos quais 104.340 foram confirmados por testes de PCR, e 115 mortes registradas.
Pelo menos 17 países nas Américas não relatam casos de chikungunya, acrescentou.
A febre amarela é outro arbovirus monitorado pelo Ministério da Saúde Pública, pois essa doença também circula na região.
A dengue é uma doença endêmica em Cuba que representa o maior risco de formas graves e críticas e mortes, observou o especialista.
A partir do final de maio e início de junho, o corredor endêmico de dengue em Cuba começou a apresentar um aumento no número de casos suspeitos, febris e confirmados da doença, explicou Peña.
A outra época que representa perigo para esta doença, acrescentou, é o final de setembro e início de novembro, quando uma série de condições favorecem o seu aumento, relacionadas a variáveis naturais e climáticas, como altas temperaturas, alta umidade relativa, períodos de chuva, entre outras.
Atualmente, há evidências da circulação de três sorotipos de dengue em Cuba: 2, 3 e 4, com predomínio dos casos do sorotipo 4. As províncias de Guantánamo, Ciego de Ávila, Matanzas, Cienfuegos e Havana são as mais afetadas pela dengue, observou a médica. Outras três províncias cubanas, Villa Clara, Sancti Spíritus e Camagüey, também apresentam taxas acima da média nacional, acrescentou.
A taxa de infestação de dengue em Cuba Antilhas na última semana é de 24,3 casos suspeitos para 100.000 habitantes, observou a autoridade.
Matanzas e Havana também apresentam taxas altas de infecção por chikungunya em Cuba, com evidências de transmissão esporádica em quase todo o país, exceto nas províncias de Las Tunas, Mayabeque e Isla de la Juventud.
Fonte: Prensa Latina
