A atenção da comunidade internacional está voltada para a cidade brasileira de Belém, onde está acontecendo a COP30, 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
A reunião de Belém do Pará está gerando grandes expectativas, com muitos esperando que marque um ponto de virada na vontade política de unir forças para enfrentar e mitigar as graves consequências das mudanças climáticas.
A verdade é que o mundo está enfrentando mudança acelerada nas temperaturas e em outras variáveis climáticas, com os conhecidos danos à vida no planeta.
Dez anos se passaram desde o histórico Acordo de Paris, um compromisso para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento global. No entanto, uma década depois, a perspectiva não é animadora.
Novos dados divulgados pela ONU indicam que as emissões de gases de efeito estufa aumentaram 2,3% em 2024; e 2025 se configura como um dos anos mais quentes já registrados.
O Brasil empenhou-se ao máximo para sediar a cúpula, uma expressão da vontade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de proteger o meio ambiente e o seu compromisso em deixar um planeta melhor para as futuras gerações.
Antes do início dos debates entre os representantes dos países participantes, se realizou em Belém a Cúpula de Líderes da conferência climática. Em seu discurso de abertura, o presidente Lula da Silva denunciou que os interesses egoístas e imediatos prevalecem sobre o bem comum. E pediu que se desse maior atenção às previsões dos cientistas sobre o aquecimento global.
Como era de esperar, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, um dos países que mais poluem no mundo, não compareceu ao evento.
Até o dia 21, a cidade brasileira de Belém será o epicentro dos debates sobre mudanças climáticas. Os participantes estarão focados em medidas prioritárias para limitar o aumento da temperatura global, na apresentação de novos planos de ação nacionais e no progresso dos compromissos financeiros assumidos na COP29, realizada no ano passado em Baku, Azerbaijão.
Como afirmou o presidente brasileiro, a COP30 deveria ser a cúpula da implementação de soluções para conter um fenômeno que ameaça a todos, ricos e pobres.
