O bloqueio imposto pelos EUA limita a capacidade de Cuba de responder com a rapidez necessária às necessidades decorrentes da recente e devastadora passagem do furacão Melissa pela região leste.
Assim foi informada Alena Douhan, relatora especial do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, durante sua recente visita a Cuba.
A especialista coletou depoimentos e estatísticas sobre o bloqueio para preparar um relatório a ser publicado em 2026.
Em suas reuniões com representantes de diversos setores da vida econômica, política e social, Douhan ouviu relatos em primeira mão de técnicos da rede elétrica nacional, que atualmente sofre com frequentes apagões.
Os especialistas explicaram que 12 dias de bloqueio equivalem ao custo anual de manutenção e garantia da estabilidade da rede elétrica nacional.
De outra perspectiva, a relatora foi informada de que 16 dias de bloqueio resultam em redução de verbas para a produção de medicamentos essenciais para a população.
Durante uma de suas visitas, Eugenio Selman Housein, diretor do Hospital de Cardiologia Pediátrica William Soler, informou que o sistema de saúde enfrenta dificuldades de todos os tipos devido às políticas injustas dos Estados Unidos. Douhan, que está no cargo há mais de cinco anos, observou os danos significativos à infraestrutura das instituições de ensino e à educação especial.
São relatórios que foram elaborados utilizando uma metodologia nacional elogiada por Alena Douhan, uma avaliação que ressalta a força das queixas da nação caribenha. Isso foi suficiente para que a relatora especial da ONU exigisse o fim das medidas coercitivas unilaterais, com alcance extraterritorial, inerentes ao bloqueio dos EUA a Cuba.
Ao apresentar o relatório preliminar de sua visita, Douhan enfatizou a ilegitimidade das medidas e sua violação do direito internacional, do livre comércio e da Carta das Nações Unidas.
A experiente autoridade destacou as limitações adicionais impostas pela inclusão de Cuba na lista de países que, segundo Washington, patrocinam o terrorismo.
Suas conclusões iniciais são categóricas: as práticas dos EUA agravam a situação humanitária e impedem a concretização dos direitos humanos da população cubana.
