O 46º Festival Internacional do Cinema Novo Latino-Americano começou na quinta-feira em Havana. Em seu discurso de abertura no cinema Charles Chaplin, a diretora do festival, Tania Delgado, chamou a atenção para os perigos que pairam sobre a região, cuja paz é mais uma vez ameaçada pela hostilidade do governo dos EUA.
Comunicou a solidariedade do festival à causa palestina e denunciou o genocídio israelense, tema que será abordado no evento com a exibição de filmes relacionados ao assunto. Enfatizou que, apesar dos desafios enfrentados pela América Latina, e especialmente por Cuba, esta grande celebração do cinema continua demonstrando sua notável capacidade de reinvenção.
Delgado ressaltou os valores e a relevância duradoura do novo cinema latino-americano, “essa visão poética e crua, esse cinema que expõe múltiplas realidades e complexidades”. Foram inscritas neste ano 2.051 obras, o que prova que o cinema novo latino-americano vive, comentou.
Explicou que foram escolhidos das obras inscritas 114 filmes, 30 roteiros e 30 pôsteres para a competição. E anunciou que 283 filmes de 42 países serão exibidos durante o festival.
A abertura contou com a estreia em Cuba do filme argentino Belén, dirigido por Dolores Fonzi.
Fonte: Prensa Latina
