O primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC) e Presidente da República, Miguel Díaz-Canel, pediu combater o burocratismo, achegar a gestão aos problemas reais da população e fortalecer a democracia interna.
Ao fazer uso da palavra durante o 11º Plenário do Partido, que ocorre no sábado, o chefe de Estado criticou duramente os obstáculos internos ao desenvolvimento do país.
“Não podemos permitir, nas condições atuais, que o buracratismo, o formalismo e a inércia continuem sendo freios”, afirmou.
Acrescentou que é necessário “estar mais próximo dos problemas reais das pessoas” e ser “mais transparentes na relação com a nossa sociedade”.
Para alcançar uma mudança efetiva, Díaz-Canel enfatizou a urgência de fortalecer os mecanismos de controle e a prestação de contas, que deve ser “profunda e sistemática em todos os âmbitos da nossa sociedade”.
A chave – disse – está na força da base do partido, e observou:
“A primeira coisa que precisamos alcançar é que a organização de base do Partido em cada lugar seja forte, exigente e que os militantes estejam na vanguarda de todas as tarefas”.
Em relação à democracia interna, o chefe de Estado enfatizou que, ao ser o Partido único, deve ser mais democrático porque é o partido de todo o povo cubano, e recomendou como fortalecê-lo.
“Mantendo contato constante com a população e dando-lhe participação em tudo o que planejamos, em tudo o que fazemos.”
Díaz-Canel exortou os membros do Partido a se tornarem “ouvintes ativos, mobilizadores e exemplos a serem seguidos” em seus bairros, locais de trabalho e estudo.
Para alcançar isso – argumentou – é essencial avaliar minuciosamente o desempenho de “cada militante, cada quadro e cada organização de base”.
Díaz-Canel aprofundou no conceito de unidade, observando que “não é um conceito abstrato. A unidade é forjada desta forma”. “Forja-se participando, forja-se construíndo consenso”, enfatizando o papel do PCC dentro das instituições para construir essa coesão.
O presidente cubano descreveu como uma vitória cada dia que a Revolução resiste à guerra econômica e midiática imposta, ao bloqueio intensificado e à manipulação da mídia.
Reafirmou que “a unidade é a garantia de que Cuba continuará sendo livre, independente e soberana” e pediu intensificar a “batalha ideológica, cultural e de comunicação, defendendo a verdade de Cuba”.
O 11º Plenário do Comitê Central do PCC, que acontece por videoconferência, analisa questões estratégicas na vida política, econômica e social da nação.
Fonte: ACN
