Casa TodosNacionalCuba reitera que deseja participação maior na União Econômica Eurasiática

Cuba reitera que deseja participação maior na União Econômica Eurasiática

por Irene Fait
Miguel Díaz-Canel en Consejo Económico Euroasiático

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, destacou o papel do Conselho Econômico Eurasiático como baluarte do multilateralismo, da construção de consensos, da cooperação e do diálogo entre as nações, durante uma reunião do Conselho.

Em seu discurso por videoconferência na reunião que ocorre em Moscou, Rússia, o presidente observou que se completam cinco anos desde que Cuba aderiu à União Econômica Eurasiática como Estado observador.

“Há cinco anos, não apenas formalizamos uma relação, mas também abrimos um capítulo estratégico de diálogo e reaproximação para um futuro de maior intercâmbio, integração e cooperação”, enfatizou.

Díaz-Canel alertou sobre o complexo cenário global, marcado pelo unilateralismo, pelo desrespeito às instituições multilaterais e pelas violações da Carta das Nações Unidas e dos princípios do direito internacional.

Nesse contexto, denunciou a persistência de medidas coercitivas unilaterais que buscam sufocar economias e punir populações inteiras.

“A aliança entre nossas nações se ergue como um baluarte do multilateralismo, da construção de consensos, da cooperação e do diálogo”, afirmou.

O presidente cubano rejeitou veementemente essas práticas ilegais e expressou sua profunda gratidão a todos os países da União Econômica Eurasiática pelo apoio contínuo à resolução que exige o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro intensificado imposto pelos Estados Unidos contra Cuba.

Lembrou que uma esmagadora maioria dos países na Assembleia Geral das Nações Unidas condenou essa política, apesar da pressão sem precedentes exercida pelo atual governo dos EUA.

Durante seu discurso, Díaz-Canel também abordou o aumento das tensões no Caribe causadas pelas ações dos EUA contra a Venezuela.

A esse respeito, alertou que os enormes desafios que a humanidade enfrenta são agora agravados pela nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA e pelo que chamou de “corolário Trump” da Doutrina Monroe.

“De forma flagrante, o governo dos EUA está tentando impor a ideia de que o Hemisfério Ocidental é sua esfera de influência exclusiva e promove o conceito abominável de paz pela força”, denunciou. O presidente reiterou que tais ações violam os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, do direito internacional e da Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz.

“Cuba denunciou e alertou a comunidade internacional sobre a perigosa e ameaçadora escalada militar no Caribe promovida pelo governo dos Estados Unidos”, ressaltou.

“Essa presença aérea e naval na região e a ameaça de agressão militar contra a Venezuela revelam o propósito imperial, hegemônico e criminoso da administração que atualmente ocupa a Casa Branca”, concluiu.

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