Casa PrincipalMinistro das Relações Exteriores de Cuba rejeita presença militar dos EUA no Caribe

Ministro das Relações Exteriores de Cuba rejeita presença militar dos EUA no Caribe

por Irene Fait

Cuba rejeita o destacamento militar dos EUA no Caribe, disfarçado de operações antidrogas, pois constitui uma ameaça à paz, à segurança e à estabilidade regionais.

Assi declarou o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, durante seu discurso na Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), na sede da ONU em Nova York.

Afirmou que o destacamento “constitui um ato de provocação que ameaça desencadear um conflito militar, que forçaria a República Bolivariana da Venezuela e outros países a defender sua soberania e integridade territorial”.

“As ações militares do governo dos Estados Unidos constituem uma grave ameaça à paz, à segurança e à estabilidade regionais, e uma demonstração agressiva de força que mina a soberania e a autodeterminação da nossa América”, enfatizou.

Trata-se de uma flagrante violação da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, que viola o compromisso dos 33 Estados-membros da nossa comunidade, que proclamam a América Latina e o Caribe como Zona de Paz, afirmou Rodríguez, que comanda a delegação cubana no Segmento de Alto Nível da 80ª Sessão da Assembleia Geral.

A acusação dos EUA, que busca associar o governo legítimo da Venezuela e seu presidente constitucional, Nicolás Maduro Moros, a organizações criminosas do narcotráfico, constitui um pretexto absurdo e infundado, indicou.

Reafirmou a disposição de Cuba de continuar colaborando com o trabalho da Comunidade para promover o progresso em áreas de interesse regional, com impactos no desenvolvimento e bem-estar de nossos povos.

O Ministro das Relações Exteriores cubano afirmou que a CELAC deve continuar se consolidando “como a voz unificada que representa os interesses de nossos países, unidos em sua diversidade”.

Da mesma forma, instou a “colocar as questões que nos unem acima das diferenças, banindo posições intransigentes, evitando a politização e a singularização”.

Rodríguez agradeceu o apoio histórico do grupo à demanda de Cuba pela cessação do bloqueio econômico, comercial e financeiro ilegal imposto pelos Estados Unidos, bem como pelo apoio à sua exclusão da lista de supostos Estados patrocinadores do terrorismo.

Devemos evitar que posições isoladas e intransigentes comprometam consensos regionais, alertou o ministro das Relações Exteriores.

Da mesma forma, observou que “a resposta aos problemas que nos afetam, como as políticas repressivas, xenófobas e racistas contra a imigração, o tráfico ilícito de drogas, as ameaças comerciais e tarifárias e as mudanças climáticas, exigem nossa ação conjunta e coordenada”.

Tudo isso se baseia “no diálogo, na não ingerência nos assuntos internos dos Estados, na cooperação, na solidariedade e no respeito à soberania”, enfatizou. Rodríguez também afirmou, em relação à 10ª Cúpula das Américas, que “Cuba espera que seja uma reunião sem exclusões, sem nenhuma exclusão”.

Apreciaria que se respeite o direito de todos os países da região de se reunirem e dialogarem, como em 2015, após anos de reivindicações da grande maioria dos países da região, e como continuou na Cúpula subsequente, observou.

Convocamos a CELAC para que defenda a paz com justiça, sem tropas estrangeiras e sem bloqueios, concluiu.

A 10ª Cúpula das Américas acontecerá em dezembro deste ano em Punta Cana, República Dominicana, com o tema central “Construindo um Hemisfério Seguro, Sustentável e de Prosperidade Compartilhada”.

Fonte: Prensa Latina

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