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Havana, 13 de maio (RHC) O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, afirmou na terça-feira que a cooperação dentro do Fórum China - CELAC é muito relevante em um cenário global complexo, "marcado pelas pretensões dos Estados Unidos de reconfigurar o sistema internacional".
Assim declarou o chefe da diplomacia ao representar Cuba na 4ª Reunião Ministerial do Fórum China - CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
Rodríguez rejeitou as tentativas dos Estados Unidos de reconfigurar o sistema internacional com base em pressões, ameaças e imposição de tarifas e outras ferramentas punitivas, que afetam as relações político-comerciais globais.
Por outro lado, ressaltou que o Fórum China - CELAC, criado após a 2ª Cúpula da CELAC em Havana (2014), evoluiu como um espaço eficaz para articular e aprofundar as relações entre os dois lados.
O Ministro das Relações Exteriores destacou que esse mecanismo demonstrou seu valor estratégico e prático no avanço em direção a metas comuns de desenvolvimento e reflete os benefícios da construção de uma comunidade de futuro compartilhado.
Bruno Rodríguez destacou que a maioria dos países da América Latina e do Caribe mantém atualmente relações diplomáticas com Pequim com base no respeito mútuo e na colaboração com benefícios tangíveis.
"Em contraste, o governo dos Estados Unidos promove uma guerra comercial e tarifária global, especialmente contra a China, e ameaça os países que legitimamente têm projetos de desenvolvimento econômico com empresas desse país", enfatizou.
Em outro ponto, o ministro denunciou o impacto do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Washington contra a Ilha, endurecido e escalado a níveis sem precedentes nos últimos anos, juntamente "com a inclusão arbitrária de nosso país na lista espúria de países que supostamente patrocinam o terrorismo".
Rodríguez lembrou que este ano Cuba comemora o 65º aniversário de suas relações diplomáticas com a China, que "têm sido historicamente um exemplo de cooperação Sul-Sul".
Durante seu discurso, ele reiterou o apoio da Ilha ao princípio de "uma só China" e sua rejeição a qualquer tentativa de afetar a integridade territorial e a soberania da China.
Da mesma forma, enfatizou que as relações bilaterais são baseadas no respeito mútuo, na igualdade soberana e na complementaridade.
Entre as realizações conjuntas estão projetos em biotecnologia, energia renovável e treinamento acadêmico de profissionais cubanos em universidades chinesas, o que fortaleceu as capacidades nacionais, acrescentou.
O ministro das Relações Exteriores aproveitou a oportunidade para reconhecer as iniciativas do governo chinês, especialmente as da Faixa e a Rota e para o Desenvolvimento Global e o Plano de Cooperação China - CELAC (2022-2024), que possibilitaram projetos com alto impacto socioeconômico na região.
"Vamos construir juntos um mundo mais justo e equitativo, onde as aspirações de desenvolvimento de nossas nações não sejam uma quimera, mas um direito realizado e evidenciado na prosperidade de nossos povos", concluiu o chefe da diplomacia.
A 4ª Reunião Ministerial do Fórum China-Celac reuniu em Beijing ministros das Relações Exteriores e outros representantes de alto nível da região, bem como os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Colômbia, Gustavo Petro, e do Chile, Gabriel Boric. (Prensa Latina)