Cercando a Venezuela

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2018-02-16 16:58:41

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Por: Guillermo Alvarado

Sob o pretexto das eleições presidenciais na Venezuela, convocadas para o dia 22 de abril, os Estados Unidos e seus lacaios na região – congregados no chamado Grupo de Lima – endurecem seu discurso agressivo contra a Revolução Bolivariana e proferem ameaças a torto e direito, desde golpe de Estado até intervenção militar.

Nesta direção, ocorreu uma “democrática” reunião dos chanceleres do Grupo anteriormente mencionado e estes decidiram excluir o presidente Nicolás Maduro da próxima Cúpula das Américas, marcada para os dias 13 e 14 de abril, na capital do Peru.

Parece que foram instruídos pelo secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson, que esteve viajando recente por várias capitais de países sul-americanos, nos que teve a ousadia de exortar abertamente as forças armadas venezuelanas e deporem o governo de Maduro.

Os chanceleres do Grupo de Lima se esqueceram de dizer que a data marcada para os pleitos presidenciais na Venezuela, ou seja 22 de abril, foi acertada com os grupos da oposição. E tem mais. Foi a própria oposição que propôs tal data, revela o ministro da Comunicação e Informação, Jorge Rodriguez.

Os opositores pediram se realizassem em 19 de junho e a delegação do governo venezuelano sugeriu 9 de março, explicou Rodríguez. A contraparte pediu então que fossem em 22 de abril e a data foi aceita.

Qual é o problema? Por quê esses governos fazem tanta algazarra? Vale lembrar que alguns deles deveriam se envergonhar, como o Brasil, com um presidente golpista, a Guatemala, podre de corrupção, Honduras que exibe sua recente fraude eleitoral sem corar, México, uma das nações mais violentas do mundo, a Colômbia, incapaz de cumprir os acordos de paz assinados com os rebeldes, ou o próprio Peru, cujo presidente vem esquivando a justiça.

Por incrível que pareça, esses governos estão querendo dar lições de democracia quando eles mesmos precisam de uma limpeza a fundo.

Porém, o descaro não tem fim. Não se limitam a querer impedir o acesso da Venezuela à Cúpula das Américas, estão criando, também, as condições para justificar uma ação armada abrindo as portas para o Comando Sul norte-americano.

Recordemos que o Pentágono não precisa movimentar tropas e meios bélicos para essa região, porque já tem na Colômbia bases militares, de onde pode alcançar facilmente qualquer país.

Correm tempos perigosos, pois o inimigo conseguiu se meter dentro de casa e ameaça implodir princípios básicos de convivência, entre eles a Declaração da América Latina e o Caribe como zona de paz e a importantíssima doutrina da não intervenção nos assuntos domésticos de um país, portanto, nenhuma advertência é demais.



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