Gabinete esperançoso

Editado por Irene Fait
2022-07-27 17:38:20

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presidente eleito da Colômbia Gustavo Petro

Por Guillermo Alvarado

O presidente eleito da Colômbia pela coalizão Pacto Histórico, Gustavo Petro, tomará posse no próximo dia 7 de agosto junto com sua equipe de governo, que já está meio formada, e onde destacam várias personalidades muito respeitadas dentro e fora do país.

 Uma das nomeações que chamou a atenção é do jurista Ivan Velásquez Gómez para dirigir a pasta da Defesa, talvez um dos ministérios mais polêmicos numa nação onde se vive um conflito armado faz mais de 50 anos.

Petro adiantou que tentará negociar um acordo de paz com o insurgente Exército de Libertação Nacional (ELN) e, sem dúvida, o papel de Velásquez como ministro da Defesa terá singular importância.

Igualmente, terá a difícil missão de separar do exército a Polícia Nacional, assinalada de cometer graves violações dos direitos humanos durante os protestos de anos recentes. Espera-se que passe a ser um organismo civil sob a direção das pastas de Governação ou da Justiça.

Ivan Velásquez tem um vasto histórico no combate à corrupção e na luta contra os narcotraficantes e os grupos armados irregulares.

Em 2013, renunciou ao seu trabalho e saiu do país por ter sido ameaçado de morte e foi nomeado pela ONU chefe da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala, onde dirigiu as investigações que conduziram à prisão o ex-presidente Otto Pérez Molina e sua segunda no cargo, Roxana Baldetti.

A outra nomeação bem recebida pelos setores progressistas colombianos foi da dirigente indígena Leonor Zalabata, que será a próxima representante na Organização das Nações Unidas.

Trata-se de uma mulher de longa experiência na defesa da natureza e dos direitos das comunidades originárias, atingidas pelo conflito armado, a voracidade dos latifundiários e os grupos paramilitares.

Zalabata é membro da etnia Arhuaca, que vive na região da Serra Nevada de Santa Marta; recebeu dois prêmios internacionais: o Anna Lindhs, concedido pelo governo sueco, e o franco-alemão Antonio Nariño, por defender os direitos humanos.

É uma clara representante da cosmovisão indígena, baseada nos princípios “o sagrado não é o que a gente tem, o sagrado é o que a gente é”, ou “nós somos diferentes, porque respeitamos o outro, que é diferente”.

Faltam menos de duas semanas para o começo do governo de Gustavo Petro, que encarna as esperanças de um povo que deseja o fim de uma chacina prolongada e o advento de uma vida com paz e justiça.

 



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