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Havana, 13 de maio (RHC) O presidente chinês Xi Jinping anunciou cinco programas destinados a aprofundar a cooperação com a América Latina e o Caribe (ALC), que vão desde uma linha de crédito até bolsas de estudos e novos projetos.
Abrindo a 4ª Reunião Ministerial do Fórum China - CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), o presidente enfatizou que o desenvolvimento e a revitalização do Sul Global são direitos legítimos de seus povos e que a equidade e a justiça internacional são objetivos comuns.
Diante do crescente protecionismo e do confronto entre blocos em um mundo internacional complexo, Xi propôs um primeiro programa de solidariedade com o objetivo de fortalecer o entendimento mútuo e a coordenação em mecanismos internacionais.
Em relação ao desenvolvimento econômico, os dois lados trabalharão juntos para implementar a Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG), defender o sistema de comércio multilateral e fortalecer as cadeias industriais e de suprimentos globais, disse Xi.
Pequim promoverá a cooperação em infraestrutura, agricultura, energia e mineração, bem como em setores emergentes, como energia limpa e inteligência artificial.
China implementará programas de tecnologia e incentivará suas empresas a investir mais na ALC e disponibilizará uma linha de crédito de 66 bilhões de yuans (mais de nove bilhões de dólares) para projetos na região.
Xi disse que, sob a estrutura da Iniciativa de Civilizações Globais (ICG), serão promovidos o aprendizado mútuo e o respeito pelos valores comuns da humanidade.
Três mil e 500 bolsas de estudo do governo serão estabelecidas para treinamento técnico, 500 bolsas de estudo para professores de língua chinesa, 300 vagas para especialistas em redução da pobreza e 1.000 vagas no programa "Ponte Chinesa" para visitas culturais.
De acordo com o presidente, China financiará 300 projetos "pequenos, mas irmãos" com alto impacto social.
Além disso, o intercâmbio cultural será aprofundado por meio da tradução anual de 10 novelas e programas populares, bem como do diálogo turístico e a facilitação de intercâmbios amigáveis.
Xi defendeu um caminho de desenvolvimento próprio de acordo com as particularidades da região, rejeitou a interferência externa e ressaltou que as práticas intimidatórias só servem para se isolar. (Prensa Latina)