Casa TodosInternacionalAssembleia dos Povos aprova compromissos com a luta dos povos

Assembleia dos Povos aprova compromissos com a luta dos povos

por Irene Fait

A Assembleia dos Povos pela Paz e Soberania da Nossa América aprovou um manifesto que estabelece compromissos com a luta atual dos povos.

Ao encerrar o encontro, após dois dias de reflexão e debate em nove grupos de trabalho, com a presença de representantes de mais de 50 países, os delegados adotaram um documento que insta à construção de uma nova ordem mundial baseada na justiça, na independência e no fim do intervencionismo.

Os delegados de povos indígenas, governos, parlamentos, sindicatos, jovens, organizações culturais, espirituais e comunitárias, e movimentos sociais defenderam a construção de um Sul Global integrado econômica e tecnologicamente.

Da mesma forma, defenderam o rompimento do bloqueio por meio do aumento da produção, novas rotas comerciais e moedas e sistemas financeiros alternativos ao dólar. Propuseram a consolidação de Caracas como sede permanente de assembleias, missões, acordos legislativos e redes populares Sul-Sul, construindo pontes entre a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos e o BRICS+.

O texto divulgado pelo ministério das Relações Exteriores da Venezuela indicou que o manifesto homenageou a resistência do povo cubano, que por mais de seis décadas enfrenta bloqueios, invasões e campanhas de ódio sem renunciar à sua soberania. Reconheceu também “a coerência ética de Fidel Castro como ponto de referência para as lutas atuais”.

A vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, discursando no fórum no dia anterior, fez um apelo para que se levantassem as vozes dos povos da América Latina e do Caribe e citou como exemplo “a grande dignidade de Cuba, que resistiu por décadas a um bloqueio ignominioso, opressivo e criminoso”.

O documento reconheceu a Venezuela como “um laboratório de resistência e um farol de unidade” e destacou o legado de Simón Bolívar, a visão estratégica do Comandante Hugo Chávez na construção de um mundo multipolar e o papel de Nicolás Maduro na coordenação dessa instância internacional.

Como parte de suas decisões organizacionais, a Assembleia exigiu avançar na criação de uma Aliança Mundial dos Povos em Defesa da Soberania e da Paz, com capacidade para coordenar redes e movimentos em todos os continentes.

Instou ao estabelecimento de um Sistema Mundial para a Defesa da Verdade e da Comunicação Popular, com um Observatório contra a guerra cognitiva, núcleos em universidades, veículos de mídia alternativos e brigadas internacionais de comunicação popular.

Solicitou o desenvolvimento de um Plano de Ação Mundial contra a Militarização e o Intervencionismo, que incluirá um Mapa Internacional de Ameaças à Paz e um Mecanismo de Resposta Política Rápida, bem como a promoção de um Estatuto de Defesa Coletiva para Nossa América e Caribe.

Pediu a formação da Frente Continental para a Mobilidade Humana Dignificada e de uma Rede Jurídica Internacional para o Direito à Mobilidade Humana, além de um Fundo de Solidariedade da Pátria Grande para apoiar os imigrantes.

Por último, a Assembleia pediu a adoção da Agenda Mãe Terra e Paz Climática e da Agenda Geração Genial 2035, que “integram o conhecimento ancestral, a ciência e a liderança juvenil na defesa da justiça climática e da soberania digital”.

Fonte: Prensa Latina

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