A solidariedade entre países progressistas e de esquerda que resistem à agressão imperialista deve ser um pilar estratégico para suas organizações e movimentos sociais, afirmou o ativista colombiano Juan Manuel Martínez.
Diante de um imperialismo em declínio — e, portanto, ainda mais perigoso —, sem unidade e solidariedade, “eles podem varrer todos nós”, declarou à Prensa Latina em Havana, após participar das comemorações do 65º aniversário do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP).
Representante da Corporação Camilo Cienfuegos Solidariedade com Cuba, de Medellín, Martínez enfatizou a importância da paz, mas alertou contra o seu “romantismo”: a paz deve surgir de condições materiais e sociais concretas, não de retórica vazia, opinou.
Para alcançá-la, acrescentou, as pessoas devem estar preparadas e capazes de defendê-la, não submissas ou dependentes do poder dos Estados Unidos.
A Corporação Camilo Cienfuegos de Solidariedade com Cuba é uma das organizações mais atuantes no movimento de solidariedade à Revolução Cubana no país andino e representa uma expressão concreta do internacionalismo Sul-Sul, enraizada no compromisso com a soberania, a justiça social e a integração latino-americana.
Martínez descreveu a postura do presidente Gustavo Petro como “inovadora e enriquecedora”, dada a sua política externa digna em relação a Washington e a sua solidariedade com causas como a da Palestina e de outros povos em luta.
“Isso nos faz sentir que podemos, mais uma vez, defender nosso país com firmeza”, afirmou, destacando a mudança progressista na diplomacia colombiana.
Porta-voz da corporação em fóruns internacionais, Martínez participou de diversas edições do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba e liderou brigadas que levam apoio material e político à Ilha, especialmente em momentos de crise como a pandemia ou os recentes apagões.
Fundada em Medellín na primeira década do século 21, a Corporação recebeu o nome do Comandante Camilo Cienfuegos como tributo ao seu legado de rebeldia e solidariedade.
Seus objetivos incluem denunciar o bloqueio dos EUA, promover as relações entre Colômbia e Cuba, facilitar intercâmbios culturais e combater campanhas midiáticas hostis contra a Revolução Cubana.
Fonte: Prensa Latina
