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Bloqueio dificulta enfrentar as mudanças climáticas

por Irene Fait
Contribución Nacionalmente Determinada

Cuba desembarcou na cidade brasileira de Belém, sede da COP30, a 30ª  Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, com planos concretos que reafirmam seu compromisso com a agenda internacionalmente adotada para enfrentar esse fenômeno que ameaça a vida no planeta.

Em fevereiro passado, Cuba apresentou sua Contribuição Nacionalmente Determinada 3.0 (NDC 3.0), em resposta ao apelo global para aumentar a ambição climática.

Em 2015, Cuba expôs sua primeira Contribuição Nacionalmente Determinada, que atualizou cinco anos depois, em conformidade com as disposições do histórico Acordo de Paris sobre as emissões de gases de efeito estufa que causam as mudanças climáticas.

O documento atual define metas nacionais para mitigação e adaptação às mudanças climáticas até 2035, sendo esta última considerada prioritária devido ao seu impacto sobre os ecossistemas e os assentamentos humanos.

Em relação à mitigação, as ações incluem setores-chave como energia, agricultura e desenvolvimento florestal, entre outros.

A nação caribenha exibe um nível irrelevante de emissão de gases de efeito estufa que causam o aquecimento, mas é altamente vulnerável às mudanças climáticas devido à sua condição insular.

No entanto, seus planos e ações para enfrentar essa ameaça global são limitados por causa do persistente bloqueio dos EUA, que obstaculiza o acesso a financiamento e até pressiona outros países a não colaborarem com Cuba.

O bloqueio econômico impede a aquisição de tecnologia avançada necessária para a implementação de medidas de adaptação e mitigação.

Da mesma forma, dificulta a cooperação com cientistas norte-americanos e o acesso a informações especializadas em plataformas digitais sobre o assunto.

Cuba está seriamente comprometida com a proteção ambiental. Assim demonstra a Constituição promulgada em 2019, o Plano de Estado para o Enfrentamento das Mudanças Climáticas, denominado Tarea Vida (Tarefa Vida), aprovado em 2017, e uma série de regulamentações que reforçam a responsabilidade do governo, das instituições e das comunidades no cuidado do planeta.

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