No final de outubro, Cuba apresentará à ONU seu projeto de resolução sobre a necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos, que, de março de 2024 até fevereiro deste ano, causou perdas de US$ 7,556 bilhões ao país.
O relatório atualizado sobre os danos causados pelo bloqueio econômico, divulgado em Havana pelo ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, afirma que esse número representa um aumento de 49% em relação ao período anterior, como resultado das medidas de endurecimento adicionais implementadas nos últimos 12 meses.
Na apresentação à imprensa nacional e internacional, o ministro das Relações Exteriores cubano denunciou que é impossível quantificar plenamente os danos emocionais, a angústia, o sofrimento e a privação que essa medida unilateral causa às famílias cubanas, situação que, enfatizou, afeta várias gerações.
O bloqueio que Washington mantém contra o povo cubano há mais de seis décadas, dificultando sua vida cotidiana e o desenvolvimento socioeconômico do país caribenho, é amplamente condenado internacionalmente.
Trinta e duas resoluções condenando a política genocida dos EUA foram aprovadas pela Assembleia Geral da ONU. No ano passado, 187 nações votaram a favor da cessação do bloqueio econômico, que impacta negativamente todos os setores.
E embora o isolamento de Washington seja cada vez mais evidente, os diferentes governos americanos t~em persistido em manter sua medida unilateral, e até mesmo intensificá-la, como fez o atual governo do presidente Donald Trump.
Não devemos esquecer que, durante seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Trump adotou mais de 240 medidas, várias enquanto o mundo enfrentava a pandemia da COVID-19. Sem dúvida, foi uma atitude sem precedentes.
A rejeição ao bloqueio também está presente no segmento de alto nível de cada sessão regular da ONU. Líderes de inúmeras nações expressam sua condenação à política hostil dos EUA e sua natureza extraterritorial, que prejudica o comércio exterior e as relações financeiras internacionais de Cuba.
Além disso, ao longo do ano, também houve inúmeras ações e declarações em apoio ao povo cubano em sua luta pelo levantamento do bloqueio econômico, o mais longo da história contra um Estado.
E Cuba não está sozinha nessa luta. Cada vez mais vozes se erguem em todo o mundo exigindo a cessação do bloqueio contra Cuba, que viola os direitos humanos dos cubanos e contraria a Carta da ONU.