No seu cinquentenário, a Operação Carlota na qual Cuba auxiliou a África evoca relatos e o orgulho de ser a campanha internacionalista mais justa, prolongada, massiva e bem-sucedida da Ilha.
Carlota foi uma escrava africana que, em 5 de novembro de 1843, liderou uma rebelião no engenho de açúcar Triunvirato, em Matanzas, na região central da Ilha.
Cento e trinta e dois anos depois de ter sido brutalmente esquartejada por senhores de escravos espanhóis, seu nome inspirou a operação que começou oficialmente em 4 de novembro de 1975. Naqueles dias, assessores cubanos derramaram seu sangue pela primeira vez ao lado de soldados angolanos para impedir que uma força de invasão militar sul-africana tomasse Luanda, a capital de Angola.
Ao tomar conhecimento desses eventos em Cuba, e em resposta a um pedido de ajuda de Agostinho Neto, líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o Comandante-em-Chefe Fidel Castro ordenou o envio das primeiras unidades de combate, por via área e naval.
Mais de 300.000 combatentes e outros 50.000 civis foram para Angola para superar a guerra civil, repelir a invasão sul-africana e os ataques do Zaire, e garantir a independência da nação africana. Essa ação também foi crucial para a libertação da Namíbia e o desmantelamento do apartheid na África do Sul.
O líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro sempre esteve na linha de frente da coordenação da Operação Carlota junto com o general de Exército Raúl Castro.
Fontes documentais atestam o sentimento de orgulho entre os cubanos em relação à guerra em Angola, o que explica o amplo apoio popular recebido. A Operação Carlota terminou em 25 de maio de 1991. Um comunicado oficial do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba especificou que 2.016 cubanos perderam a vida em Angola: 787 em combate, 524 por doenças e 705 em acidentes.
A solidariedade entre os dois povos continua até hoje; profissionais cubanos de diversas áreas realizam missões internacionalistas em terras do continente africano.
Fonte: Prensa Latina
