Bruno Rodríguez, Ministro das Relações Exteriores de Cuba, enfatizou hoje que seu país não está sozinho na exigência da cessação do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto há mais de seis décadas pelos Estados Unidos.
Na sua conta no X, o ministro das Relações Exteriores lembrou que, há 33 anos, a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) adotou pela primeira vez uma resolução pedindo o fim da política hostil de Washington.
“Desde então, o governo dos EUA, desconsiderando e ignorando a vontade da esmagadora maioria da comunidade internacional, permanece isolado em sua vontade caprichosa de manter a guerra contra o povo cubano”, afirmou.
Em sua mensagem, Rodríguez destacou que os Estados Unidos intensificaram suas medidas coercitivas unilaterais com marcante caráter extraterritorial.
Este ano, apesar da campanha de pressão do governo dos EUA, Cuba recebeu o apoio da maioria dos países na Assembleia Geral da ONU pela trigésima terceira vez consecutiva em sua luta para pôr fim ao bloqueio.
Com 165 votos a favor, 12 abstenções e sete contra, a comunidade internacional aprovou o projeto de resolução da Ilha, que especifica que, entre março de 2024 e fevereiro de 2025, os danos causados pelo bloqueio ultrapassaram US$ 7,5 bilhões.
Após uma visita a Cuba para avaliar o impacto dessa política dos EUA, a relatora especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Alena Douhan, afirmou que as ações coercitivas afetam todas as esferas da vida nacional e prejudicam diretamente seus habitantes, especialmente os grupos mais vulneráveis.
“Tais medidas limitam a capacidade do Estado de desenvolver políticas públicas, violam os direitos à alimentação e a uma vida digna, dificultam os intercâmbios acadêmicos, afetam o fornecimento de energia, água potável e medicamentos e violam o direito à vida em geral”, declarou Douhan à imprensa.
Fonte: ACN
