Casa TodosNacionalDebate sobre o bloqueio dos EUA contra Cuba começa na ONU

Debate sobre o bloqueio dos EUA contra Cuba começa na ONU

por Irene Fait

O bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba retorna ao escrutínio global nesta terça-feira, na Assembleia Geral da ONU (AGNU), com o debate sobre o projeto de resolução que pede o fim do bloqueio econômico mais longo da história.

O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, comanda a delegação de seu país em Nova York para “participar, nos dias 28 e 29 de outubro, da discussão e votação do projeto de resolução da AGNU, que pede o fim do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba”, escreveu em sua conta na plataforma social X.

“Sua camarilha política corrupta teme ser isolada mais uma vez pela condenação da esmagadora maioria da ONU às suas medidas de asfixia econômica e sofrimento contra o povo cubano”, alertou o chanceler, que utilizou a hashtag #TumbaElBloqueo.

É a trigésima terceira vez que se debate uma proposta que defende a necessidade de pôr fim ao bloqueio, imposto há mais de seis décadas por sucessivos governos democratas e republicanos, sem distinção. Na terça e quarta-feira, o fórum global de 193 países analisará e votará o documento apresentado pela nação caribenha, que argumenta sobre o agravamento do impacto dessa política de sufocamento sobre sua população.

A comunidade internacional, de maneira inequívoca, rejeitou o bloqueio que, no ano passado, contou com o apoio de apenas dois países: os Estados Unidos e seu aliado Israel, em comparação com a esmagadora maioria de outros 187 que se opuseram. Segundo dados oficiais, o bloqueio causou prejuízos de US$ 7,556 bilhões no último ano, o que representa um aumento de 49% em relação ao período anterior.

Seu efeito devastador pode ser medido na vida cotidiana da população cubana e no planejamento econômico da Ilha, que vê muito limitado o seu acesso a equipamentos médicos, alimentos, tecnologias de comunicação, transporte e combustível, entre outros itens.

A isso se soma a reintegração pelos EUA de Cuba à lista arbitrária e unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo e a aplicação do Título III da Lei Helms-Burton, que agravam a perseguição financeira e comercial”, lembrou Rodríguez.

De acordo com a lista de oradores que circula nas Nações Unidas — que pode estar sujeita a alterações — representantes de pelo menos 49 países e grupos, como a Associação das Nações do Sudeste Asiático, o Movimento dos Países Não Alinhados e a Comunidade do Caribe, falarão na Assembleia Geral hoje.  Na quarta-feira continua o debate e ocorrerá a votação.

Fonte: Prensa Latina

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