Mais de 100.000 pessoas na capital, representando o povo cubano, exigiram hoje o fim do genocídio israelense na Palestina durante um grande protesto na Tribuna Anti-Imperialista José Martí, encabeçado pelo presidente Miguel Díaz-Canel.
O evento contou com a presença de altos funcionários do governo cubano, do encarregado de negócios da Embaixada da Palestina em Havana, Majed Abu Al Hawa, de jovens palestinos que estudam em universidades da Ilha caribenha e de representantes de organizações da sociedade civil cubana.
Os oradores denunciaram a brutal ofensiva israelense, enquanto depoimentos audiovisuais eram projetados de membros das flotilhas da liberdade palestina que foram agredidos e sequestrados em alto mar pelo exército israelense quando tentavam entregar ajuda humanitária a Gaza.
Um trio de estudantes palestinos expressou, por meio de canções e poesias, sua indignação com a morte de mais de 67.000 e mais de 200.000 feridos desde que o exército israelense intensificou sua agressão em uma resposta desproporcional à incursão das forças do Hamas em território israelense em 7 de outubro de 2023.
Abdalah Samir, um dos estudantes, agradeceu a Cuba por seu apoio incondicional à Palestina, apesar dos desafios históricos que a Ilha enfrenta, incluindo o bloqueio intensificado imposto pelos Estados Unidos. “Apesar de nossas próprias tragédias, Palestina se une a Cuba, ombro a ombro, porque o exemplo de Cuba é uma esperança para nosso povo”, afirmou.
Da mesma forma, expressou solidariedade ao bravo povo da Venezuela, que sofre ameaças e agressões dos Estados Unidos e prestou homenagem aos ativistas ao redor do mundo que desafiam o sionismo, o fascismo e o imperialismo e que arriscam suas vidas para levar ajuda a Gaza.
Citando o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, lembrou que “a unidade latino-americana e global é a garantia da soberania”. E acrescentou: “Derrotar o sionismo significa fazer justiça ao povo palestino e também libertar o povo judeu”.
“O povo luta pela terra, pela justiça social, pela dignidade humana e pelo seu próprio destino. A vontade dos povos é mais forte do que armas letais”, enfatizou.
O segundo secretário da União de Jovens Comunistas, Yaliel Cobo, denunciou a “cumplicidade histórica dos Estados Unidos, suposto defensor da democracia, que hoje não sente o menor remorso pelo genocídio em Gaza, onde morreram mais de 67.000 palestinos, a maioria mulheres e crianças”.
E acrescentou que Washington tenta disfarçar suas intenções colonizadoras com uma retórica hipócrita sobre direitos humanos. Cobo também lembrou a histórica visita de Ernesto Che Guevara a Gaza em 18 de junho de 1959, que personificou o espírito de luta pela liberdade dos povos oprimidos. “Sejam sempre capazes”, disse, citando Che Guevara, “de estar ao lado daqueles que sofrem”.
Na quinta-feira, se informou que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, saudou a primeira fase de um acordo que visa pôr fim à agressão israelense contra Gaza. O pacto inclui a troca de prisioneiros, a retirada parcial das forças israelenses e a entrada de ajuda humanitária.
Em um comunicado, Abbas expressou sua esperança de que esses esforços constituam um prelúdio para alcançar uma solução política permanente que leve ao fim da ocupação israelense e ao estabelecimento de um Estado palestino independente, ao longo das fronteiras de 4 de junho de 1967.
Fonte: Prensa Latina