Risco militar contra a Venezuela continua

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2019-03-05 08:02:24

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

Por Guillermo Alvarado

Nadando contra a correnteza, o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, afirmou que seu país está determinado a afastar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com ou sem uma grande aliança internacional.

O funcionário, afeito a criar guerras das que pessoalmente não participa, observou que não tem medo de aplicar em nosso continente a Doutrina Monroe, aquela que diz: América para os americanos... do Norte, é claro!

É uma mostra a mais do desprezo que Washington sente pelos países latino-americanos e caribenhos, aos que considera seu pátio traseiro, onde pode fazer o que bem entenda e se apropriar de seus recursos quando quiser.

Não em vão em Moscou o ministro das Relações Exteriores da Rússia Serguei Lavrov afirmou durante a visita da vice-presidente venezuelana Delcy Rodriguez, que com relação à América Latina, os EUA não se importam com conceitos como democracia ou liberdade, seu único objetivo é submeter os que não se subordinarem aos seus interesses ou políticas.

A equação é muito simples: na Venezuela estão as principais reservas comprovadas de petróleo, os Estados Unidos é o consumidor número um de óleo no mundo e sua produção está despencando.

Bolton omitiu esse detalhe em recente entrevista ao programa State of the Union, da CNN e, para desviar a atenção, insistiu no que chamou de forte presença de forças da segurança cubana na Venezuela.

Parece que o assessor de Segurança Nacional confronta sérias dificuldades em distinguir entre um médico e um oficial. Sem dúvida, isto ocorre porque o governo com o qual trabalha não faz ideia do que é solidariedade, irmandade e humanismo.

Ah, mas não esqueceu de mencionar seu antigo mentor, Ronald Reagan, ao afirmar que desde aquele governo “ o objetivo dos presidentes norte-americanos é democratizar o hemisfério ocidental”.

Há boas provas em Granada e Panamá, sem falar nas guerras centro-americanas para as quais os EUA mandaram armas, treinaram os torturadores e assassinos sendo cúmplices da morte ou sumiço de centenas de milhares de civis.

Isto aconteceria na Venezuela se o império do Norte fosse bem-sucedido em levar a “democracia” à Pátria de Bolívar, um presente envenenado que deixou sangue e sofrimentos em praticamente todos os continentes.

Assim avisou a senadora russa Valentina Matvienko quando expressou: “estamos preocupados com o fato de os EUA estarem preparados para encontrar motivos que justifiquem uma intervenção militar, e prontos para qualquer tipo de provocação que implique derramamento de sangue”.

Guerra avisada, não mata soldado.



Comentários


Deixe um comentário
Todos os campos são requeridos
Não será publicado
captcha challenge
up