Vacinação assimétrica

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-05-21 15:41:30

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Guillermo Alvarado

Em todo o mundo se aplicaram um bilhão 530 milhões de doses de diferentes vacinas contra a Covid-19, a maior parte se concentra em um punhado de países enquanto a maioria está muito atrasada nesse processo.

Uma informação divulgada pelo jornal francês Le Figaró assinala que 60 por cento das substâncias foram aplicadas em três nações: China, que utiliza seus próprios imunizantes, aplicou 421,9 milhões; Estados, 274,4 milhões e Índia, 184,4 milhões.

Outras nações que avançaram bastante na proteção de seus habitantes são Reino Unido, onde já se aplicou ao menos uma dose a 30,8 por cento da população; Emirados Árabes Unidos e Chile, respectivamente com 30,3 por cento e 30,9 por cento; França com 13,6 por cento e Espanha com 15,6 por cento.

São números impressionantes, todavia, em nível global, apenas 365 milhões de pessoas, ou seja, 4,7 por cento do planeta todo desfrutam de um esquema completo de imunização, portanto o caminho pela frente ainda é longo e complicado.

Apesar disso, há inúmeros países europeus que começaram a levantar restrições sanitárias e autorizar viagens, um lance bastante arriscado.

É o seguinte: apesar da melhora dos indicadores de morbidade e mortalidade em determinadas regiões, há outras onde a situação é muito grave como ocorre, por exemplo, na Índia, Brasil e Argentina.

As autoridades indianas informaram que, pela primeira vez, houve 4.529 mortes em apenas 24 horas. Até hoje, só três por cento da população está totalmente imunizada, um número muito baixo.

Na Argentina, a pandemia cobrou força nos últimos tempos e, nesta semana, em um só dia houve 35.500 novos casos e 745 mortos, algo que nunca tinha se passado desde o começo da crise sanitária.

A Organização Pan-Americana da Saúde OPS alertou que na América Latina apenas três por cento de seus habitantes estão totalmente vacinados contra a Covid-19.

Clarissa Etienne, diretora da entidade, exortou a fornecer rapidamente mais imunizantes a esta região, muito castigada pela doença.

Há países, como Honduras, com registro de vacinação completa de 0,1 por cento e outros, como Guatemala, onde os números não alcançam nem ao menos esse indicador.

É uma corrida desigual, que não garante nada para ninguém, nem sequer os mais desenvolvidos, porque enquanto houver vírus circulando haverá perigo.

 

 



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