Advertências inúteis

Editado por Irene Fait
2021-12-01 11:52:02

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

Desde que começaram os sintomas da síndrome de “nacionalismo de vacinas”, associada à pandemia da Covid-19 e ao egoísmo dos mais poderosos, mentes lúcidas advertiram sobre as terríveis consequências que tal comportamento poderia trazer consigo.

Os Estados Unidos e as primeiras potências da União Europeia açambarcaram as vacinas, muito mais das necessárias se levarmos em conta sua população, privando nações pobres dos importantes imunizantes para conter a doença.

As multinacionais farmacêuticas venderam em massa aos mais desenvolvidos para obter lucros em pouco tempo, tal e como está escrito em seu código genético e descumpriram seu compromisso com mecanismos como COVAX cuja missão é garantir uma distribuição equitativa.

Afora um crime, foi uma estupidez porque viola o princípio, também já mencionado anteriormente, de que numa pandemia ninguém está livre de perigo, até que todos estejam seguros

Em termos globais, não se ganha nada vacinar uma parte da população, porque o vírus ao circular na outra vai matando e criando variantes mais perigosas, como ocorreu com a delta e agora com a chamada ômicron.

Presumivelmente, esta nova variedade surgiu no sul da África, um dos continentes menos vacinados do planeta. E peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) chamaram a atenção sobre a presença de umas 30 mutações dessa variante que a tornam potencialmente contagiosa.

Praticamente acabam de anunciar a existência de ômicron e já se encontraram casos suspeitos em vários lugares: Alemanha, Países Baixos, Reino Unido, Bélgica, Hong Kong, Israel e Botsuana.

As primeiras reações foram de pânico. Caíram as Bolsas nos principais mercados, especialmente o preço das matérias-primas, o petróleo em primeiro lugar.

Estados Unidos e Europa anunciaram a proibição de voos procedentes de um grupo de países do sul da África, e o governo da África do Sul protestou considerando a medida exagerada.

A chancelaria dessa nação recordou que a OMS tinha pedido aos líderes mundiais não atuarem precipitadamente e sublinhou que ante esta crise sanitária global o mais importante é cooperar e compartilhar sem barreiras os conhecimentos adquiridos sobre a nova cepa.

Qualquer forma de discriminação ou exclusão na distribuição e uso das vacinas vai prejudicar todos, ricos e pobres. A advertência foi feita, porém não todos prestaram atenção.



Comentários


Deixe um comentário
Todos os campos são requeridos
Não será publicado
captcha challenge
up