Ganha o otimismo

Editado por Irene Fait
2021-12-20 17:45:58

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imagen / El País

Com a participação mais vigorosa dos últimos anos, o povo chileno elegeu como próximo presidente o deputado Gabriel Boric da coalizão progressista Apruebo Dignidade afastando assim o fantasma da ditadura de Pinochet que sobrevoava o Chile.

Não à toa, os pleitos foram qualificados como os mais importantes e significativos desde a queda do regime golpista, porque uma das alternativas, representada pelo ultradireitista José Antonio Kast, sugeria um salto ao passado, cujas cicatrizes ainda estão presentes naquela sociedade.

Kast se apresentou nas eleições pelo Partido Republicano, do Chile, que tem pouca diferença com relação ao Partido Republicano dos EUA que instalou na Casa Branca Donald Trump, um dos mentores do político sul-americano junto com o brasileiro Jair Bolsonaro.

Kast se uniu a um setor cristão caracterizado pelo fundamentalismo quase medieval, especialmente no que diz respeito aos direitos das mulheres e o reconhecimento da diversidade sexual.

O perigo não era menor, até porque Kast ganhou no primeiro turno com dois pontos de diferença de Boric e ameaçava repetir, apoiado pela direita tradicional.

A única alternativa para evitar essa tragédia, que seria não só chilena, mas também de toda América Latina e o Caribe, era mobilizar a juventude e uma parte dos indecisos, como acabou acontecendo.

No segundo turno exerceram seu direito ao voto mais de 8,3 milhões de chilenos, dos quais 4,6 milhões votaram em Boric, que se tornou não só o presidente chileno mais novo da história, com 35 anos, mas também o mais votado nas últimas décadas.

A tarefa que tem pela frente não será fácil, porquanto terá de liderar o referendo popular para aprovar a nova Constituição, que substituirá a herdada da ditadura de Pinochet e que representará a pedra fundamental de um país diferente.

Além disso, lhe corresponde aquecer a economia após a pandemia da Covid-19, sobre bases diferentes à doutrina neoliberal atualmente em uso.

Reestruturar os aparatos de segurança, entre eles o temível corpo de carabineiros; devolver a confiança da população em suas autoridades, reformar o sistema de aposentadorias e garantir a universalidade dos serviços públicos, educação e saúde em primeiro lugar, são temas priorizados.

 

 

 

 



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