A violência continua provocando mortes na Colômbia

Editado por Irene Fait
2022-02-14 16:38:14

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A Colômbia não deixa de ser notícia. Mal começa o ano e o número de assassinatos e chacinas não pára de subir. Parece que as ações desse tipo não vão terminar de imediato e os piores dias estão por vir.

Para fazer uma ideia de quão complicada é a situação, remitamo-nos ao mês de janeiro. INDEPAZ – Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz-, revelou que o número de massacres no mês de janeiro e o de mortes por esse delito dobrou, se comparados com o mesmo período de tempo de 2021.

Houve 13 chacinas com 40 mortos no mês de janeiro, de acordo com INDEPAZ, que monitora esses lastimáveis acontecimentos.

Fevereiro não começou melhor. Se levarmos em conta os fatos que sucederam em ambos os meses, o país sul-americano superará as 20 chacinas, um número verdadeiramente alarmante.

Entrementes, aumentaram os assassinatos de líderes e defensores dos direitos humanos. Somam mais de vinte, pelo que sobe a 1.300 o número desses ativistas mortos desde a assinatura, em 2016, dos acordos de paz entre o governo do então presidente Juan Manuel Santos e a ex-guerrilheira Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia- Exército do Povo.

Os ex-combatentes, que cumpriram o acordo e depuseram as armas, também têm sido alvo da onda de violência que abala o território colombiano. Até agora, foram assassinados cinco, o que eleva a mais de 300 o número dos que perderam a vida desde 2016.

Diante desta situação, no final de janeiro, a Corte Constitucional declarou o estado de casos inconstitucionais, ao considerar que houve violação massiva do acordo de paz, assinado em Havana. O órgão judicial determinou a existência de uma grave crise que lesa os direitos fundamentais à vida, integridade pessoal, segurança e a paz dos ex-guerrilheiros que se reincorporam à sociedade.

A Corte Constitucional exortou o governo do presidente Ivan Duque a adotar as medidas necessárias para garantir a segurança dos ex-combatentes, como estipula o pactuado em 2016.

A verdade é que pouco ou nada se fez sob o governo de Duque para a implementação total dos acordos de paz, que, como reiteraram os signatários, perito e defensores dos direitos humanos, contêm os mecanismos necessários para acabar com a violência.

A sociedade colombiana viu com esperança o acordo de paz, porém cinco anos depois de sua assinatura, a violência continua dessangrando o país, que necessita curar suas profundas feridas.

 

 

 



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