Bloqueio norte-americano prejudica setor das comunicações em Cuba

Editado por Juan Leandro
2013-10-29 13:26:09

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Oct 29, -- Considerado o mais longo da história da humanidade, o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba há mais de 50 anos dificulta o desenvolvimento do país. Um dos setores prejudicados é o das telecomunicações.

A medida hostil dificulta ou impede o acesso às novas tecnologias nessa área. Mesmo assim, o governo cubano trata de não afetar a população, e busca alternativas para garantir a disponibilidade de recursos e seu uso social.

Contudo, esse esforço esbarra muitas vezes no esquema de leis e regulamentos que sustentam o bloqueio norte-americano. Um exemplo disso é que um computador adquirido no exterior fica 30% mais caro se o provedor souber que o destino será Cuba.

As companhias dos EUA ou suas filiais em terceiros países não podem vender nada às empresas cubanas, e o mesmo acontece nas entidades com capital norte-americano. O jeito é comprar esses produtos noutros mercados, geralmente longínquos e com preços maiores.

Cabe ressaltar que grandes volumes de dinheiro que pertence a Cuba estão retidos em bancos dos EUA. É o caso dos pagamentos a empresas cubanas de telecomunicações pelo serviço de enlace bilateral. Estima-se em 200 milhões de dólares o montante deixado de receber por esse item.

A política hostil de Washington tem outros aspectos às vezes pouco conhecidos. Há décadas, emissoras de rádio e televisão radicadas no território norte-americano transmitem programas subversivos contra Cuba, violando o espaço radioelétrico do país. Destaque para a Rádio e TV “Martí”, sustentadas com verbas oficiais.

No ano passado foram mais de 2.000 horas de transmissões ilegais através de 34 frequências, muitas delas gerando interferências nos canais e emissoras de Cuba. Aliás, essa programação está à serviço das organizações de extrema-direita da emigração cubana na Flórida.

Nesse contexto, as autoridades cubanas se vêem obrigadas a investir recursos para defender o espectro radioelétrico do país, e isso significa uma despesa adicional de verbas que poderiam ser utilizadas para outros fins.

Os prejuízos diretos do bloqueio norte-americano, vigente desde o começo da década de 1960, são milionários no setor das comunicações. Esse é um dos pontos abordados nas resoluções apresentadas por Cuba todos os anos na Assembleia Geral da ONU, e aprovadas pela imensa maioria da comunidade internacional.

(M.J. Arce, 29 de outubro)



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