O 2º Seminário sobre Lutas Contra o Neoliberalismo foi encerrado na Faculdade de Ciências da Saúde Darcy Ribeiro, em Brasília, com olhar crítico sobre a ordem global e uma denúncia do bloqueio dos EUA contra Cuba, que já dura mais de sessenta anos.
O evento reuniu pesquisadores, professores, estudantes e ativistas sociais que dissecaram as raízes da crise capitalista e suas múltiplas facetas: desigualdade, guerras, colapso ambiental e manipulação tecnológica.
O brasileiro Aluísio Pampolha, figura de destaque no pensamento geopolítico sob a perspectiva do materialismo histórico, enfatizou que o fórum condenou não apenas o bloqueio a Cuba, mas também as agressões em Gaza, a guerra na Ucrânia e as manobras imperiais contra a Venezuela e a Coreia do Norte.
De uma perspectiva latino-americana e marxista, os especialistas concordaram que a “crise orgânica do capital” é atualmente uma doença estrutural que ameaça a estabilidade global, enquanto as elites financeiras ampliam a precarização do emprego, o rentismo e a desigualdade.
Ao falar no seminário, Idalmis Brook, conselheira da embaixada de Cuba no Brasil resumiu os desafios do presente: conflitos armados, polarização, colapso climático e crescente divisão social.
Relembrou o pensamento visionário de Fidel Castro, líder histórico da Revolução Cubana, cujo centenário será comemorado em 2026, e citou seu alerta: “As bombas podem matar os famintos, mas não a fome nem a justa rebelião dos povos”.
Da mesma forma, ela criticou a intensificação do bloqueio americano à ilha e a pressão que Washington exerce sobre governos da América Latina e da Europa para que desmobilizem o apoio internacional às resoluções anuais das Nações Unidas que exigem sua cessação.
Recordou as recentes denúncias do ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, sobre a campanha dos EUA para distorcer a imagem de Cuba e semear a desmobilização política.
A cerimônia de encerramento se tornou um ato de protesto e esperança, no qual as palavras de Fidel Castro ressoaram com a força de um hino: “Menos luxo e menos desperdício em poucos países para que haja menos pobreza e menos fome em grande parte do mundo.”
(Fonte: Prensa Latina)
