A conversa entre o presidente russo Vladimir Putin e o presidente dos EUA, Donald Trump, durou uma hora e 15 minutos, anunciou hoje o assessor de Putin, Yuri Ushakov, em uma coletiva de imprensa.
Durante a conversa, os líderes discutiram as medidas adicionais para resolver o conflito na Ucrânia e concordaram em continuar as negociações em grupos de trabalho.
Ushakov observou que a conversa ocorreu antes do encontro de Trump com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. No início da conversa, Putin e Trump trocaram felicitações de Natal e Ano Novo. Logo depois, começaram a abordar a situação na Ucrânia.
O assessor do presidente russo afirmou que Trump ouviu atentamente os argumentos de Putin e as avaliações da Rússia sobre os possíveis caminhos para a resolução do conflito.
“Trump ouviu atentamente as avaliações da Rússia sobre as perspectivas realistas de se chegar a um acordo, bem como os argumentos detalhados do nosso presidente sobre a importância fundamental de continuar a confiar nos principais entendimentos russo-americanos alcançados durante a cúpula de Anchorage”, observou.
Durante a conversa, o presidente dos EUA enfatizou que a crise ucraniana havia sido a mais difícil para ele durante sua presidência. E observou que estava convencido do desejo da Rússia de resolver o conflito por meios políticos e diplomáticos.
Segundo Ushakov, Trump destacou a necessidade de encerrar a guerra o mais rápido possível e viu nisso perspectivas de cooperação econômica entre Washington, Moscou e Kiev.
Para ambos os líderes, as propostas de paz de Kiev e da União Europeia eram tentativas de prolongar o conflito, já que as propostas de um cessar-fogo temporário, sob o pretexto de preparativos para um referendo, na opinião dos presidentes, apenas aumentam o risco de retomada das hostilidades.
Da mesma forma, acertaram que conversariam novamente logo após o encontro de Trump com Zelensky.
Putin também apoiou a proposta dos Estados Unidos de continuar trabalhando em busca de uma solução para a Ucrânia no âmbito de dois grupos de trabalho criados especificamente para esse fim: um sobre questões de segurança e outro sobre aspectos econômicos.
Segundo Ushakov, uma cessação definitiva das hostilidades só será possível se Kiev tomar uma decisão sobre Donbas que seja coerente com a abordagem conjunta russo-americana.
Enfatizou: “dada a evolução da situação na frente de batalha, seria lógico que o regime ucraniano tomasse essa decisão sobre Donbas sem demora.”
Fonte: Prensa Latina
