Casa TodosInternacionalLula alerta na cúpula CELAC-UE sobre militarização do Caribe

Lula alerta na cúpula CELAC-UE sobre militarização do Caribe

por Irene Fait

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva alertou sobre a crescente presença militar de potências estrangeiras no Caribe, referindo-se especificamente à movimentação de tropas e navios dos EUA na região.

“América Latina e o Caribe devem ser uma zona de paz, sem espaço para bases estrangeiras ou intervenções armadas”, declarou Lula durante a 4ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da União Europeia (UE), realizada na cidade colombiana de Santa Marta.

Sua declaração crítica e enfática repercutiu entre os chefes de Estado e de governo presentes, em um momento de crescente tensão geopolítica global.

O presidente brasileiro reiterou que os conflitos regionais devem ser resolvidos por meios diplomáticos e políticos, com respeito à autodeterminação dos povos. Lula enfatizou que a região não pode continuar dependendo de decisões externas e instou os 33 países da CELAC a fortalecerem sua unidade como condição essencial para enfrentar os desafios globais. “Somente unidos podemos garantir um desenvolvimento soberano, justo e sustentável”, reafirmou.

Ele ressaltou a importância do retorno do Brasil à CELAC, após anos de afastamento diplomático, e propôs a reconstrução de pontes entre as nações vizinhas para promover o comércio, a ciência, a cultura e as políticas sociais.

“América Latina precisa falar a uma só voz e ocupar o lugar que lhe cabe no cenário internacional”, enfatizou. Além disso, defendeu a participação ativa dos países da região na construção de uma nova governança global na qual o Sul Global tenha maior poder de decisão.

Considerou o modelo atual injusto e excludente, e que perpetua as desigualdades. ““Precisamos de uma nova ordem internacional que priorize o diálogo, a solidariedade e o desenvolvimento com justiça social”, enfatizou.

Lula também defendeu o fortalecimento das democracias e o combate à pobreza por meio de políticas públicas inclusivas. “A verdadeira integração regional começa em casa, com o respeito aos direitos humanos e um compromisso genuíno com o bem-estar do nosso povo”, concluiu antes de retornar ao Brasil para participar da abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém, do Pará.

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