Cuba conquistou mais uma vitória na Assembleia Geral da ONU na quarta-feira ao garantir 165 votos a favor da resolução que pede a cessação do bloqueio dos EUA contra a Ilha.
Em meio a uma brutal campanha de pressão dos EUA, a comunidade internacional condenou mais uma vez, e o vem fazendo desde 1992, o bloqueio econômico, comercial e financeiro que dura há mais de seis décadas, considerado o mais longo da história contra qualquer país.
Neste ano, aumentou o número minoritário de países que votaram contra a resolução proposta por Cuba perante a Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o impacto do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA.
Embora uma esmagadora maioria dos países tenha votado novamente a favor da proposta de Havana intitulada “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”, além dos votos tradicionais contrários dos EUA e de Israel, se somaram os votos de mais cinco países: Argentina, Paraguai, Hungria, Macedônia do Norte e Ucrânia.
Os seguintes países se abstiveram: Albânia, Bósnia e Herzegovina, República Tcheca, Equador, Costa Rica, Estônia, Letônia, Lituânia, Marrocos, Polônia, Moldávia e Romênia.
No total, 165 nações votaram a favor da proposta de Havana, sete votaram contra e doze se abstiveram.
Em outubro de 2024, a Assembleia Geral da ONU aprovou o projeto de resolução cubana com 187 votos a favor, houve dois votos contra (dos EUA e de Israel) e uma abstenção.
O voto dos EUA era esperado. Mike Waltz, Representante Permanente dos EUA nas Nações Unidas, não compareceu à sessão de quarta-feira. O debate do dia anterior contou com uma acalorada troca de palavras entre o ministro das Relações Exteriores de Cuba e Waltz, quem pediu um voto contra a resolução proposta por Havana afirmando que era totalmente falso, propaganda e teatro político que houvesse um bloqueio imposto pelos EUA contra Cuba.
Em resposta a essas declarações, Rodríguez declarou que “os EUA não só mentem, mas também se expressam de maneira grosseira e arrogante”. Além disso, comentou que Waltz falava “com ignorância, grosseria e vulgaridade que não se admitem” na Assembleia Geral da ONU.
