Os ministros das Relações Exteriores do Movimento dos Países Não Alinhados exortaram à máxima moderação e a que as potências extrarregionais desistam de seu comportamento irresponsável na América Latina.
Em Declaração Especial divulgada em Kampala, Uganda, por ocasião da 19ª Conferência Ministerial, que encerra na quinta-feira, o bloco expressou sua “profunda preocupação com os acontecimentos em curso na região do Caribe”.
Os ministros alertaram que qualquer deterioração adicional da situação atual, mesmo como resultado de um ataque armado direto contra a Venezuela, corre o “risco de ter um efeito de sobrecarga em toda a região da América Latina e do Caribe”, o que minaria seu status como Zona de Paz.
Nesse sentido, exortaram “à máxima contenção e a que as potências extrarregionais desistam de seu comportamento irresponsável”.
O texto recordou o comunicado emitido pelo Gabinete de Coordenação do MNA em 19 de setembro e lamentou que, desde então, “a situação só tenha piorado”.
Entre outras coisas, destacou que isso foi consequência do envio de forças e recursos militares extrarregionais adicionais, junto com novas ações hostis, ameaças intimidatórias e uma retórica ainda mais agressiva.
Da mesma forma, tomaram nota do debate realizado sobre esta questão no Conselho de Segurança das Nações Unidas em 10 de outubro, do qual “emergiu um entendimento comum sobre a necessidade de aderir estritamente aos propósitos e princípios consagrados na Carta das Nações Unidas”.
Além das normas do direito internacional, o diálogo e a diplomacia são os “meios mais adequados para abordar e superar, num espírito de cooperação e solidariedade, qualquer questão de interesse ou preocupação comum”.
Por fim, os ministros das Relações Exteriores do MNA reafirmaram sua firme determinação em defender os princípios de soberania e igualdade dos Estados, integridade territorial, não intervenção nos assuntos internos ou externos dos Estados e a solução pacífica de controvérsias.
Assim como não usar a ameaça ou a força contra a independência política de qualquer Estado.
Expressaram também sua solidariedade ao povo e ao governo da Venezuela, na medida em que “adotem todas as medidas que considerem oportunas, no marco do direito internacional, para garantir a defesa de sua nação contra qualquer ato de agressão externa, bem como o sagrado direito à paz e à vida de sua população”.
Fonte: Prensa Latina
