Rússia e EUA acertam estender o acordo sobre armas estratégicas

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-01-28 17:49:46

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Armamento ruso. Foto: Sputnik

Havana, 28 de janeiro (RHC).- Rússia e EUA acertaram prorrogar por mais cinco anos o Tratado de Redução de Armas Estratégicas, conhecido como Start III. O vice-chanceler russo, Serguei Riabkov, informou que não foram colocadas condições prévias nem “apêndices” ao convênio, assinado em 2010 pelos então presidentes Dmitri Medvedev e Barack Obama.

Na terça-feira passada, os presidentes Vladimir Putin e Joe Biden tiveram sua primeira conversa pelo telefone, na qual abordaram esse e outros assuntos de interesse para as duas nações.

“Essencialmente, esta é uma decisão mutuamente beneficiosa. E é a única correta. Temos uma margem significativa de tempo para iniciar e realizar negociações bilaterais profundas sobre todo o leque de questões que afetam a estabilidade estratégica”, apontou Riabkov.

Ontem, falando via online no Foro Econômico Mundial de Davos, o presidente russo advertiu que o mundo caminha rapidamente rumo a uma maior instabilidade, em momentos em que a pandemia se soma a rivalidades globais e a outras tensões internacionais.

Mencionou a crescente desigualdade, o desemprego e o aumento do populismo como faíscas potenciais de novos conflitos que poderiam fazer mergulhar o mundo numa era de obscurantismo.

“A pandemia exacerbou os problemas e desequilíbrios que foram se acumulando”, sublinhou Putin, e alertou para o enfraquecimento das instituições internacionais, a multiplicação dos conflitos gerais e a degradação da segurança global. Quanto ao acerto com os EUA para prorrogar o tratado Start III, lembrou que um conflito nuclear significaria o fim da civilização.

O mandatário russo atribuiu a deterioração da situação econômica no mundo à aplicação de um modelo liberal ocidental, e destacou que esse contexto fomenta “a intolerância social, racial e étnica com tensões estourando inclusive em países com instituições democráticas e civis estabelecidas”.

Também denunciou a “pressão crescentemente agressiva sobre aqueles países que não aceitam o papel de satélites obedientes, e o uso de barreiras comerciais, sanções ilegítimas, e restrições nas esferas financeira, tecnológica e de informação”.



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