Macri pretende modificar sistema público de comunicações

Editado por Yusvel Ibáñes Salas
2016-06-27 09:13:13

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Desde que assumiu a presidência na Argentina, em dezembro do ano passado, Maurício Macri vem atacando os meios de comunicação em massa e os jornalistas que não gostam de sua política antipopular e neoliberal. Nestes dias, na Argentina, há sinais parecidos com a censura que prevaleceu durante a última ditadura cívico-militar nas décadas de 1970 e1980.

A verdade é que Macri espezinha as instituições e os avanços conquistados durante o governo de Cristina de Kirchner, para atingir seu objetivo: modificar o sistema público de telecomunicações.

Nesse caminho, proibiu as transmissões do canal multinacional TELESUR, que chegava a 80 por cento dos argentinos e que permitia receber informação alternativa à que promovem e difundem os grandes meios.

Macri eliminou TELESUR e Rússia Today do sistema da Televisão Aberta Digital, porém permitiu canais de notícias do tipo CNN e de outros muitos canais produzidos nos Estados Unidos.

Como denunciara a ALBA – Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América -- a decisão governamental é uma ação que atenta contra a pluralidade de vozes na Argentina e no continente.

Intelectuais e movimentos sociais argentinos criticaram a medida governamental, disseram tratar-se de um novo ataque à liberdade de expressão e ao pluralismo informativo na Argentina.

Em Facebook, o intelectual Atílio Borón, afirmou que os meios de comunicação passaram a ser “ operadoras sem escrúpulos dos interesses dominantes, sem respeitar a veracidade da informação que propagam ou a inteligência de seus leitores, ouvintes ou telespectadores”.

O presidente Maurício Macri derrogou a Lei de Meios, instaurada durante o mandato de Cristina Fernández de Kirchner para combater a apropriação do espaço radiofônico e televisivo dos monopólios.

Apesar de seus detratores, a verdade é que esse instrumento jurídico nunca quis legislar sobre os conteúdos das informações e a programação.

Comunicadores argentinos denunciaram que no quadro da política de censura do atual gabinete foram dissolvidas a Autoridade Federal de Serviços da Comunicação Audiovisual e a Autoridade Federal da Tecnologia da Informação e a Comunicação.

Mauricio Macri pretende calar as muitas vozes que criticam seu governo, as medidas que vem tomando contra os argentinos. Sem dúvida, o presidente multimilionário trata de impor o silêncio e a mentira na sociedade argentina para continuar afirmando seus interesses.



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