O papa Leão 14, em sua mensagem de Natal na quinta-feira, exortou a buscar a paz através do diálogo e da reconciliação para pôr fim aos conflitos que assolam a humanidade.
Em suas palavras antes da tradicional bênção Urbi et Orbi a milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o Santo Padre afirmou que a responsabilidade é o caminho que leva à paz.
“Se cada um de nós, em todos os níveis, em vez de acusar os outros, reconhecesse primeiro as suas próprias falhas e, ao mesmo tempo, se colocasse no lugar daqueles que sofrem, e demonstrasse solidariedade com os mais fracos e oprimidos, então o mundo mudaria”, afirmou o pontífice.
E acrescentou que “cada um de nós pode e deve fazer a sua parte para rejeitar o ódio, a violência e o confronto, e praticar o diálogo, a paz e a reconciliação”.
O papa abordou a complexa situação no Oriente Médio e implorou “justiça, paz e estabilidade para o Líbano, a Palestina, Israel e a Síria”, bem como pelo fim do conflito na Ucrânia, “para que cesse o ruído das armas”.
“Que as partes envolvidas, com o apoio da comunidade internacional, encontrem a coragem para se engajar em um diálogo sincero, direto e respeitoso”, disse referindo-se ao conflito armado entre Kiev e Moscou.
Lamentou, também, os sangrentos confrontos no Sudão, Sudão do Sul, Mali, Burkina Faso e República Democrática do Congo, bem como os graves problemas que afligem “o amado povo do Haiti”, e exigiu que “todas as formas de violência cessem naquele país”.
Apelou àqueles com responsabilidades políticas na América Latina para que priorizem o diálogo para o bem comum diante dos inúmeros desafios, e também expressou sua esperança de que os jovens em Mianmar encontrem uma esperança renovada no caminho da paz.
Em sua mensagem de Natal, o papa desejou a restauração da longa amizade entre a Tailândia e o Camboja, e que as partes envolvidas continuassem a se esforçar pela reconciliação e pela paz.
Lamentou os recentes desastres naturais devastadores que afetaram gravemente populações inteiras no Sul da Ásia e na Oceania, e convidou todos a renovarem com convicção seu compromisso compartilhado de ajudar aqueles que sofrem.
Expressou solidariedade ao povo de Gaza, onde mais de 70 mil palestinos morreram em decorrência de ataques israelenses, bem como àqueles que sofrem com a fome e a pobreza, como o povo iemenita, e aos muitos refugiados e migrantes que atravessam o Mediterrâneo ou viajam pelas Américas.
Na Missa de Natal, celebrada na Basílica de São Pedro, Leão 14 afirmou que “quando a fragilidade do outro nos fere o coração, quando a dor do outro abala nossas certezas inabaláveis, então a paz começa”.
“A paz nasce em meio às ruínas que clamam por uma nova solidariedade; nasce de sonhos e visões”, enfatizou.
Fonte: Prensa Latina
