Como se não bastasse o envio de uma frota, que conta até com um submarino, os Estados Unidos decidiram reforçar sua presença militar na América Latina e no Caribe, com um porta-aviões.
O governo Donald Trump decidiu somar o porta-aviões Gerald R. Ford, o maior e mais letal do gênero no mundo, à frota que já possui no sul do Mar do Caribe, muito próximo à Venezuela.
Sob o pretexto de reforçar o Comando Sul no que o governo em Washington apresenta como combate ao narcotráfico e aos cartéis que descreveu como terroristas, essa inusitada mensagem de força está se materializando.
Na América Latina e no Caribe, se perguntam se é necessário enviar para esta parte do mundo uma frota militar tão desproporcional.
Na verdade, o promotor dessa aventura quer iniciar uma guerra contra países numa declarada Zona de Paz.
Porta-aviões, destroyers, cruzadores e um submarino de ataque aparecem na expedição, que, segundo seus organizadores, já levou a atacar 10 pequenas embarcações, supostamente envolvidas no narcotráfico, embora a Casa Branca não tenha mostrado provas.
A Casa Branca fala em 43 mortos após o lançamento de mísseis contra as embarcações. Para alguns estadistas e analistas de imprensa tais mortes foram execuções extrajudiciais.
Os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e da Venezuela, Nicolás Maduro, condenaram a concentração de contingentes estrangeiros perto das costas desses países.
Na Venezuela, além disso, milícias e forças armadas intensificaram os exercícios diante do que percebem como uma agressão iminente.
Donald Trump contribuiu para essa percepção ao anunciar que havia dado ordens para a CIA dos EUA intervir na Venezuela.
Tudo isso sem o conhecimento do Congresso dos EUA mesmo sabendo que uma declaração de guerra deve contar com sua autorização, como manda a Constituição.
América Latina e o Caribe, portanto, estão expostos à intervenção externa e sofrem com o assassinato de pessoas que Washington rotula como traficantes de drogas, sem mostrar provas.
Não é por acaso que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva alertou que por esse caminho a região se tornará “terra sem lei”.
