O presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento), Esteban Lazo Hernández, afirmou em Luanda que Cuba e Angola demonstram que sua amizade é um escudo contra a adversidade.
Durante a cerimônia que comemorou o 50º aniversário de estabelecimento das relações diplomáticas entre as duas nações, Esteban Lazo recordou as circunstâncias especiais nas que, em 15 de novembro de 1975, ambas as partes formalizaram um laço que havia nascido muito antes no tempo.
Na presença de Francisco Pereira Furtado, ministro de Estado e chefe da Casa Militar, Lazo Hernández lembrou as relações de Cuba com os movimentos independentistas do continente africano e sua cooperação militar em território angolano.
Mencionou as batalhas de Kifangondo, Cabinda e Ebo, em 1975, que salvaguardaram a declaração de independência, soberania e integridade territorial contra os invasores, e nas quais participaram muitos cubanos atendendo ao pedido de ajuda do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto.
Essa relação de colaboração e solidariedade, que nasceu no meio das balas, tornou-se um exemplo de cooperação Sul-Sul em nossos tempos. “Em tempos difíceis, como durante a luta contra pandemias e desastres naturais, Cuba e Angola demonstraram que sua amizade é um escudo contra a adversidade”, afirmou o alto funcionário cubano.
E acrescentou que o 50º aniversário não é apenas uma oportunidade para comemorar batalhas e conquistas passadas; é também um momento para renovar o ímpeto e os projetos conjuntos nas áreas de saúde, educação, agricultura, esportes e outros setores.
Agradeceu a solidariedade de Angola diante do agressivo bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA contra a Ilha, e manifestou apreço pela entrega de medalhas comemorativas pelos 50 anos de independência, na Classe de Honra, aos líderes da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz (1926-2016) e Raúl Castro Ruz.
Ao celebrar este meio século de fraternidade e solidariedade, nossa aliança é um legado vivo, não uma relíquia do passado, mas um compromisso com o futuro. As gerações futuras devem lembrar não apenas as balas e os canhões, mas também a forte cooperação e solidariedade entre nossas povos” enfatizou Lazo Hernández.
Por sua vez, Pereira Furtado destacou a história compartilhada e disse que Angola e Cuba se tornaram nações irmãs por meio da luta e da esperança.
E ressaltou que a solidariedade cubana é uma página luminosa e o povo angolano reconhece com profunda gratidão o sacrifício dos filhos da nação caribenha, muitos dos quais deram suas vidas nestas terras, disse.
“Cuba foi, é e continuará sendo uma parceira leal de Angola, e na amizade que nos une permanece um legado vivo de solidariedade, coragem e compromisso com o bem-estar dos nossos povos”, afirmou Pereira Furtado.
Fonte: Prensa Latina
