O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, agradeceu o apoio do Brasil contra o bloqueio imposto pelos EUA e descreveu essa política como o principal obstáculo ao desenvolvimento da Ilha.
Na abertura da primeira Reunião de Alto Nível “Políticas Públicas para a Soberania Alimentar e a Segurança Alimentar e Nutricional”, em Havana, o ministro explicou o impacto do bloqueio econômico, comercial e financeiro na agricultura.
Marrero explicou que, de março de 2024 a fevereiro de 2025, “essa política genocida causou prejuízos estimados em US$ 7,556 bilhões, o que representa um aumento de 49% em relação ao período anterior”.
Só no setor agrícola, explicou o chefe de Governo, as perdas somaram US$ 932.316.224, resultando na redução da produção de alimentos devido à falta de acesso a insumos, matérias-primas, fertilizantes, máquinas, combustíveis, produtos químicos e novas tecnologias.
Marrero observou que, nos próximos dias, Cuba apresentará novamente o relatório “Necessidade de Acabar com o Bloqueio Econômico, Comercial e Financeiro Imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba” à Assembleia Geral das Nações Unidas. “Estamos convencidos”, afirmou, “de que mais uma vez o país caribenho receberá o apoio esmagador da comunidade internacional, da qual o Brasil é membro.”
O primeiro-ministro enfatizou que o apoio do Brasil reafirma os estreitos laços de fraternidade, solidariedade e cooperação que historicamente unem as duas nações.
Em relação ao fórum de alto nível sobre Soberania Alimentar, expressou confiança de que contribuirá para a coordenação de projetos conjuntos e a identificação de novas áreas de cooperação bilateral.
O chefe de Governo também agradeceu à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) por sua colaboração na organização do evento.
Em outro momento de seu discurso, Marrero explicou que, atualmente, sob a orientação do Programa Governamental para Corrigir Distorções e Revitalizar a Economia, o país está trabalhando em programas produtivos, priorizando a colheita de arroz e outros grãos, com o objetivo de substituir as importações.
Explicou que também estão sendo aperfeiçoados mecanismos para promover o investimento estrangeiro no setor agroalimentar, especialmente nos setores de pecuária, aves e suínos.
