Venezuela rejeitou categoricamente, na segunda-feira, as declarações do secretário de Estado Marco Rubio, que reiterou a alegação sobre o inexistente Cartel de los Soles e o classificou como organização terrorista — narrativa que Washington utiliza entre os argumentos para justificar seu destacamento militar no Caribe e a escalada de sua hostilidade contra o país sul-americano.
Em comunicado oficial, o governo venezuelano afirmou que essa acusação é “uma nova e ridícula mentira” destinada a criar um pretexto para legitimar uma intervenção ilegal, no âmbito do clássico esquema norte-americana de mudança de regime.
Caracas avisou que Rubio está repetindo “uma mentira infame e vil”, com uma narrativa sobre uma organização inexistente que tem sido usada em inúmeras ocasiões para promover agressões políticas, diplomáticas e militares contra a Venezuela.
O comunicado afirma que essa manobra terá o mesmo destino das anteriores: o fracasso, em consequência da sua falta de fundamento e da ampla rejeição que provoca na região.
O governo venezuelano enfatizou que é absurdo que um alto funcionário dos EUA insista em atacar o país, forçando a Venezuela a responder a “ infâmias e calúnias”.
Ressaltou que, apesar das tentativas de Washington, o povo venezuelano permanece unido, coeso e totalmente engajado nas atividades nacionais, especialmente durante as festividades de fim de ano.
Caracas instou Washington a retificar sua “política errática de agressão e ameaças”, observando que essas ações afetam não apenas a Venezuela, mas também os países caribenhos e não contribuem em nada para uma luta genuína contra o narcotráfico.
Na segunda-feira, entrou em vigor a designação do Cartel de los Soles como organização terrorista estrangeira (FTO em inglês), uma nova medida do governo Trump no que tem apresentado como uma campanha para acabar com o “narcoterrorismo” na América Latina e sua ameaça aos Estados Unidos.
Até o momento, a grande presença militar no Caribe e no Pacífico resultou apenas em dezenas de mortos em ataques a cerca de vinte embarcações — sem qualquer evidência, até agora, de que estivessem envolvidas com narcotráfico, o que provocou dúvidas e acusações de execuções extrajudiciais — e maior instabilidade na região da América Latina e do Caribe.
Fonte: Cubadebate
